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segunda-feira, 31 de março de 2014

Rosas, feitiços, diálogos e lições!




                         Eu sinto o aroma da rosa que vive intensamente os seus dias finais neste formato e imagem que conhecemos por nome "rosa". Ela também sente meu perfume. E eu escutei a linguagem delicada da rosa. E ali, nós duas, trocamos alguns segredos sobre "modos de viver".  (Nyrluce Marilia).


                          Afinal, o que disse a rosa? Teria ela lamentado ter sido arrancada do jardim? Estaria certo o jardineiro acreditar que o fragmento compondo um buquê ser mais belo que um jardim com milhares de rosas?
                          Afinal, o que ouviu a rosa? Teria ouvido um muito agradecimento  por parte da apreciadora que proporcionara um último afago?
                         O que recebeu a rosa? O prazer de liberar seu aroma e encantar? Ou teria ela sido agraciada com o toque da bela e assim ficou comprovado que o fragmento realmente é mais intenso que a unicidade?
                        Você tocou a rosa? Esteve no jardim? conheceu o jardineiro?
                         A vida é mais enigmática do que imaginamos. Ela é magia, é feitiço ou mesmo melodia que mesmo compartilhada por mundos tão distantes tem o poder de desencadear sensações e percepções únicas.
                       Rosas, espelhos, (des) construção. E as rosas? O que ouviu da bela?

sexta-feira, 28 de março de 2014

É difícil acreditar?




                        Você acredita mesmo? O teu nome diz mais o que pensas; tua história é um impulso para outras história que parece não existir. 
                 Você acredita mesmo? Quando tudo parece parado que precisamos colocá-lo em movimento e apreciá-lo? O dia esta apenas começando e o que acreditamos se imutável ontem hoje já precisamos movê-lo.
                 Você acredita que teu sorriso tem muito mais sentido hoje?As pessoas que estão ao teu redor precisam de um sinal. Carecem de um ponto para ancorar suas naus, mesmo que guiadas por "loucos".
                 Você acredita no eterno retorno?Ainda bem!.
 Há um eterno retorno do amor ao próximo; das flores que renovam seus aromas; do casulo que ao proteger na verdade é visto com fragilidade.
                Talvez, quando ouvires a música abaixo veras que vale a pena um café quentinho, não pela fumaça, mas por perceberes que do outro lado você tenha um amigo e que também acredita no tempo!




quinta-feira, 27 de março de 2014

Confusa?


Que seja assim!
Que acorde e perceba o quanto o sol brilha, o vento sopra e quanto poderás ajudar ao próximo.
               Que permaneça assim!
Que o sorriso eternize momentos e diga mais que mil palavras.
                Que seja assim!
Que as descobertas existam, sejam respeitadas mas continuem a fascinar.
                Uma música, uma palavras, ideias, encontros e desencontros. Um anjo, um feitiço, conexões e compromissos.
               " Mesmo que não haja mais ninguém olhe para dentro de você mesma. Como seu mais antigo amigo confie na voz interior".
                Assim, jovem menina hoje encanta, fascina ou mesmo faz confundir! 
               Tuas certezas hoje não só se confundem, mas estão escodidas. Um sonho, um sorriso ou por trás dele..!

Cícero Souza


terça-feira, 25 de março de 2014

Enquanto houver sol - Titãs

           Talvez você saiba que pessoas estão neste exato momento sem ter o que comer.  Acredito que você sabe quanta injustiças ocorrem diariamente e o que você classifica de injusto seja para aquele que esta ao teu lado simplesmente vantagem. E o efeito bumerangue? E o acaso? Você acredita? Que tal não se frustar por não ter encontrado aqui um texto denunciando nossas injustiças diárias? Ou mesmo, você não deve ficar irritado por não gostar música abaixo. Porém, hoje prefiro entender que esta ruptura tem um motivo especial.
          Nada é por um mero acaso, você não está sozinho (a). Neste exato momento alguém estará fechando os olhos e como um feitiço  fará você ouvir esta música, te fará parar tudo e de outra maneira dirá como foi bom te encontrar. O amanhã? De qualquer forma já deixou uma certeza gostosa: rimos juntos, provocamos juntos e entendemos que carinho e respeito não estão em extinção. Principalmente.......



Quando não houver saída

Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança



Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol



Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde Deus colocou



Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol




domingo, 23 de março de 2014

Dia internacional do Direito à Verdade.

Dia Internacional do Direito à Verdade - 23/03/2014 - 20h 34'

              A ONU – Organização das Nações Unidas, tendo em vista a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e outros instrumentos internacionais de direitos humanos, proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional para o Direito à Verdade em relação às Graves Violações dos Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas.  A Resolução da ONU que criou o referido Dia convidou todos os Estados Membros e as organizações do sistema das Nações Unidas a observarem essa data. Pernambuco de pronto atendeu ao apelo da ONU, incluindo no seu Calendário Oficial de Eventos, o que fez pela Lei nº 14.790, de 8 de outubro de 2012. Esse Diploma legal estabelece que o dia 24 de março é dedicado à reflexão coletiva a respeito do conhecimento circunstanciado das situações em que tiverem ocorrido violações graves aos direitos humanos, seja para a reafirmação da dignidade humana das vítimas, seja para a superação dos estigmas sociais criados por tais violações.

              A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara não poderia deixar de dirigir aos pernambucanos uma palavra de estímulo à perseverança nos ideais de liberdade e democracia, de repúdio absoluto às graves violações de direitos humanos. Por força do que dispõe a Lei nº 14.688/2012, estamos investigando as violações ocorridas em Pernambuco de 1964 até 1985, e mesmo fora do Estado, desde que contra pernambucanos. O nosso objetivo é encontrar a verdade e dizer a verdade. Muitas pesquisas foram feitas até agora e muitas revelações foram repassadas às famílias dos mortos e dos desaparecidos, à sociedade em geral. Foram 21 anos de ditadura. Período infeliz de nossa história em que brasileiros, tão brasileiros como nós outros, em 1964, decidiram romper com a ordem constitucional no Brasil, depor o presidente da República, governadores de Estado, como o governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, cassar mandatos eletivos. 

              O fato é que muitos brasileiros sofreram durante esses anos, muitos foram torturados e mortos. Outros continuam desaparecidos, fazendo com que suas famílias sofram até hoje, e continuem dizendo, como Dona Elzita Santa Cruz “onde está o meu filho?”. A manutenção da memória e a busca incessante da verdade não é apenas um dever moral de todos nós, mas também um imperativo para o aperfeiçoarmos da democracia e da estabilização da vida política do nosso País e do nosso Estado, fomentando cada vez mais uma cultura de tolerância e uma convivência respeitosa entre pessoas que pensam diferente. Exaltar essa data é fortalecer, pois, a democracia, porque significa dizer que estamos vigilantes e prontos a defender todos os que tenham seus direitos de homem e de cidadão violados.

COMISSÃO ESTADUAL DA MEMÓRIA E VERDADE DOM HELDER CÂMARA

sexta-feira, 21 de março de 2014

Pagamos também pela sujeira?



        Você já parou para avaliar o nosso sistema de transporte público? Sabe como funciona a concessão? Quem fiscaliza? O que eu sei é que temos duas certezas: Pagamos caro e boa parte dos veículos estão cobertos de sujeira.
        Hoje, ao fazer uso do transporte coletivo, observei o ônibus que fazia a linha TIP/Boa Vista e confesso que já vi sujeira em outros veículos, inclusive liguei para a empresa comunicando, mas, o veículo de hoje passava do tolerável. Quer dizer, além do cidadão pagar uma passagem por um transporte deficitário ele ainda tem que reservar o dinheiro da consulta médica e do medicamento?
       Onde esta o "padrão FIFA" do nosso transporte? Afinal, a tal da concessão, quem libera meus e quais as regras?  Atenção CONSÓRCIO GRANDE RECIFE!





Minha Hemeroteca particular (temática - REPRESSÃO).















segunda-feira, 17 de março de 2014

Rocim ou Rocinante?

Muitas vezes acordamos e nos deparamos com pessoas que se fossemos associá-las as mais expressivas produções da nossa literatura poderíamos denominá-las de um ser com a capacidade  ROCINANTE. Mas, porquê?
      Não é fácil você esta sempre se perguntando, apresentando respostas, analisar o outro e deixar ser analisado. Como também, construir um mundo fantástico dentro de uma realidade que mais prevalece o caos.
     Se, ser um "Rocinante" já é demais, por que não começar sendo um simples Rocim? aceitando os limites, aprendendo com acertos e também com os erros (seus e dos outros). Não é simples buscar uma resposta; porém, para muitos mais complexo ainda é construir um questionamento.
     Quem é você? Onde pretende chegar? O que produziu até agora?.
      O dia é isso! Há sempre espaço para novas descobertas, novas pessoas e novas dúvidas.
      O espelho é o que você consegue não apenas refletir, mas também, o espelho é o que o outro acaba por descobrir sobre você; mesmo que o reflexo do raiar ao termina o dia deixe aquele espelho embaçado.
     Complexa nossa comunicação? Talvez seja o nossa leitura "Rocim".




http://caneteando.blogspot.com.br/2010/09/dom-quixote-de-la-mancha-seu-lindo.html



Miguel de Cervantes Saavedra foi um importante poeta, dramaturgo e novelista espanhol. Nasceu em 29 de setembro de 1547 (data suposta) na cidade espanhola de Alcalá de Henares. A sua obra-prima, Dom Quixote de La Mancha, muitas vezes considerado o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerado um dos melhores romances já escritos. Seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura. A sua influência sobre a língua castelhana tem sido tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).
Cervantes morreu na cidade de Madri, em 22 de abril de 1616. Considerado um dos maiores escritores da literatura espanhola, destacou-se pela novela, mundialmente conhecida, Dom Quixote de La Mancha.


http://www.psicoloucos.com/Resenhas-e-Resumos/dom-quixote-de-la-mancha-miguel-de-cervantes.html.

3º dia Paralisação Nacional dos professores da Rede Pública: Conheça a história real.


                    Termina hoje a paralisação nacional deflagrada na Rede de ensino pública ( 19/03), todas unidades pública de ensino estiveram exatamente como a maioria encontra-se, "abandonada"; ou seja sem a presença dos seus efetivos professores; digo efetivos por que, algumas continuaram funcionando precariamente ainda devido aos milhares de estagiários que recebem salários irrisórios para preencher um espaço já caótico. Também, ao ler os jornais, você nada encontrou de matéria relevante, afinal, qual importância há que os professores lutam a décadas por um valorizar que chega quase em "contra-gotas?
                 Por parte do governo a sociedade  não teve e não terá explicações, afinal, quase todos os alunos receberam tablets, material, merenda e até estão sendo enviados para fazerem intercâmbio. Por outra, nossos gestores se manterão em pleno silêncio, uma vez que, não conseguem explicar os altos índices de analfabetos funcionais, o processo de maquiagem que alguns estabelecimentos de ensino recebem enquanto outros nem água dispõem. Na verdade, hoje o governo do estado mostrou-se presente sim, nos principais jornais locais foram impressos dois cadernos prestando conta (campanha mesmo) o quanto Pernambuco avançou.
               Encontrar uma justificativa aceitável para paralisação que tem início esta semana não parece difícil, principalmente se buscarmos estudos acadêmicos, livros publicados e congressos veremos que, desde início do século XIX a nossa imprensa registra mobilizações dos professores por melhorias que ainda hoje e não foram devidamente atendidas por aqueles que deveriam gestar nosso Sistema educacional.
                     Inicialmente, selecionei o artigo publicado na Revista da faculdade de Letras / Portugal, estudo onde as autoras conseguem ainda em 2005 apresentar o nível de visibilidade que o professor estaria enfrentando não só naquele ano como nos dias atuais.  Em seguida resgatei para estudo trechos da dissertação do Daniel Cavalcanti (UFMG - 2011) e aproveitei apenas para destacar alguns trechos bastantes atuais e que respondem de forma mais clara o descaso com o ensino brasileiro que ocorria ainda no período Imperial e não solucionada nos dias atuais.
            Por fim caros colegas e também professores, tomei a liberdade de colocar apenas como provocação um carta publicada ainda este mês no jornal Diário de Pernambuco e que, guardando a devida dimensão sintetiza o elo histórico que marca o descaso ao ensino público brasileiro. Portanto, antes de ficar irritado por não ter onde deixar seu filho, por não ter para onde ir no dia de hoje, por acreditar que os nosso governantes já fizeram demais, pare e veja o que realmente falta e desde de quando a sociedade clama por uma POLÍTICA EDUCACIONAL  séria e efetiva.  A atual paralisação nacional não é um dia para ficarmos desmobilizados. Hoje é o dia em que Sociedade Civil e todos que zelam por uma educação séria e de qualidade exija com mais força do nosso governador, da presidenta que façam valer direitos e destinação dos recursos (que por sinal só faz crescer) de uma forma planejada e não visando apenas projetos eleitoreiros.


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"Em seu primeiro relatório, o inspetor da instrução Eusébio de Queiroz afirmou ser fora de dúvida que o aperfeiçoamento da instrução pública dependia em grande parte da “inspeção intelligente, regular e activa dos seus diversos estabelecimentos”.  Eusébio alegava que os professores poderiam “deixar-se dominar pelo espírito de rotina e pela indolência” quando estivessem longe da “ação da autoridade superior”. Diante de tais observações, Eusébio defende a presença de autoridades que, ao exercerem “uma inspecção immediata sobre o ensino, animem o professor na árdua tarefa a que se dedicou, o aconselhem, o guiem, e o advirtão para que se não desviem do caminho que lhes dicta o dever” (p.3). Em relatório posterior, relativo ao ano de 1857, ao reivindicar o auxílio dos párocos na inspeção das escolas, o inspetor reitera a necessidade do professor sentir-se sob vigilância".                                                                     P.49.

O ministro segue em seu relatório ressaltando a importância do ensino obrigatório, alertando que ele só será realidade quando for possível enviar os filhos às escolas: “quando existão effectivamente em lugares, onde possão commodamente ser freqüentadas” (ibidem). O relatório trazia, assim, junto com a falta de escolas, um outro problema: a falta de prédios apropriados para receber essas escolas.         P.63


Muitas vezes os professores submetidos a espaços inapropriados pediam a transferência do local da escola, utilizando argumentos higiênicos, como no caso do professor da 2a cadeira da Freguesia da Lagoa, que solicitava a mudança da escola, pois, segundo o
professor, a casa que a escola ocupava era úmida e tinha sido prejudicial à sua saúde e à de sua família; isso, inclusive, o impediu de dar aulas, pois, devido às condições insalubres da escola, o professor fora acometido por febres que o levaram à cama.

Nesse caso, o ministro se refere à escola construída na Freguesia da Glória. Contudo, essa iniciativa não é unanimidade entre os professores, que sempre pediram a construção de espaços apropriados, mas que viam, nessas construções da década de 1870, a construção de verdadeiros Palácios, enquanto o professor era deixado na miséria.


Estas eram duas questões que estiveram nos debates do início da década de 1870, a questão salarial e a crítica à construção dos modernos edifícios escolares, os “palácios”, como foram conhecidos na época que tiveram suas construções financiadas com fundos do Governo Imperial, da Câmara Municipal e de Associações Promotoras do Ensino e de Beneficência.                    P.75


O ataque aos professores e à sua capacidade era usado para mascarar toda uma série de falhas estruturais na educação e no funcionamento do Estado. Respondendo a esses ataques do Ministro dos Negócios do Império, alguns professores primários reuniram-se na Corte e redigiram um Manifesto ao Imperador e ao Ministro João Alfredo. O relator desse manifesto era ninguém menos que o professor Frazão. Nesse manifesto, os professores reclamavam da situação de penúria a que estavam submetidos, comparando seu estado com o dos escravos, e levando à dedução de que o governo seria o “grande feitor”.

P.111


LEMOS, Daniel Cavalcanti. Professores em movimento: A Emergência do associativismo docente na Corte Imperial Tese doutorado UFMG – 2011.


Os professores formam um cluster profissional que deixou de usufruir de uma reputação social elevada (ainda que se reconheça, globalmente a importância da missão que desempenha)  pelo que, como a imagem social interfere na escolha da profissão, se assiste nesse momento a um processo de inferiorização do professorado". 
                                                                          
                                                                                        Rosa Bizarro e Fátima Braga. Revista da Faculdade de Letras, Porto. 2005












































DP -06/03/2014 - B4




sábado, 15 de março de 2014

Só dá Pura Paixão!

           Muitas vezes passamos meses esperando que aquele grupo (até  desconhecido das massas) que apareceu um único momento naquele programa dominical apresentem sua agenda de shows em nossa cidade; como também em alguns momentos acabamos por sermos destratados pelo "idolo" e acabamos por ouvir letras que nada dizem. Pois bem, com o Pura Paixão é totalmente diferente!
         Confesso que o meu carinho pelo grupo Pura Paixão é antiga, ainda em 1997 via surgir um grupo que tinha como proposta fazer música de qualidade e não ficar presa ao pagamento de "Jabá" para ganhar seu próprio mercado, confesso, no início até duvidei que um grupo de pagode local pudesse manter-se num mercado tão acirrado; Agora é realidade.
        Parabenizo o grupo Pura Paixão e deixo aqui um registro da qualidade musical e profissional do verdadeiro exemplo de pagode e samba pernambuco; melhor dizendo a boa música da terra.

Cícero Souza - Pesquisador.


sexta-feira, 14 de março de 2014

4º e 5º dia do Congresso Internacional 50 anos do Golpe - UNICAP/ Recife - 2014


             O Congresso Internacional realizado na UNICAP contou com debates importantíssimos para a proposta do evento. No 3º dia tivemos abertura dos trabalhos com a palavra do Presidente da Comissão Estadual da Verdade Dom Hélder Câmara, onde procurou apresentar o seu olhar sobre o período que transcorreu a Ditadura e os atual trabalho da Comissão. Quanto a composição da Mesa e os palestrantes é importantes destacarmos: Painel 4 -Anistia, impunidade e crimes contra a humanidade. - Baltazar Garzón (Juiz, Espanha); Pablo Parenti (Procurador Federal, Argentina); Jo-Marie Burt (Cientista Política, Universidade de George Mason e Wola / EUA); Roberto Caldas (Juíz da Corte Interamericana de Direitos Humanos).


Fernando Coelho:

"No próprio parecer do Ernani Sátrio, a Lei de Anistia não cobria os crimes de tortura".
"Espero que o Supremo venha no futuro fazer a revisão da Lei de Anistia".


Fernando Coelho (CEMVDHC)


Roberto Caldas:

"Rever os espinhos do passado e apresentar uma agenda de Direitos Humanos"
"Temos uma Constituição se não ideal, mas com grandes avanços".
"Esta sendo reanalisada pelo STF a Lei de Anistia".
"Mesmo que não tivesse existido senadores biônicos; mesmo que as vítimas tivessem feito um acordo, juridicamente não seria válido. Seria nulo de pleno direito de acordo com a Corte Interamericana".
"Crimes contra a humanidade não atinge apenas a família e o universo de trabalho da vítima; atinge toda humanidade".
"Coisifica a pessoa humana, destrói a integridade e a consciência do indivíduo".
"Não pode haver auto-anistia que beneficie o agente do Estado (exemplo do Araguaia)".
"A democracia que estamos querendo e vivendo deve andar lado a lado com os Direitos Humanos".


Jo-Marie:


"Foram muito importantes atuações da sociedade, familiares e organizações dos Direitos Humanos em países como Argentina, Chile, Peru, Guatemala e Uruguai"
" No Uruguai tivemos 216 investigações; Peru tivemos 2880 denúncias; Na Guatemala o ex. Presidente foi condenado a 80 anos de prisão / 3.500 investigações / 14 sentenças e 31 condenados".
"A reação dos setores Pró-impunidade são muito fortes no Peru e na Guatemala".


              O 4º e último dia do evento foi apresentado o painel 5 - O protagonismo da Sociedade Civil na construção da Agenda da Justiça de Transição. Mesa composta por: Patrícia Valdez (Membro da  coalizão  de Sítios da Consciência/Argentina); Gaston Chillier (Diretor do CELS / Argentina); Jair Krischke (Militante, Porto Alegre / Brasil).


Patrícia Váldez:

"Garantir a não repetição do passado".
"A Sociedade Civil é uma grande provocadora em ampliar e atender ações das instituições".
"As mobilizações atuais não são tão dramáticas como as de épocas anteriores".


Gaston Chillier:

"Há um mito que o Brasil não se relacionava com outros países da América durante ditaduras".
"A Sociedade Civil e a Política não se confrontaram n passado por questão de poder".

Jair Krischke:

"Em um país que não há Justiça é muito perigoso ter razão".
"A Justiça de Transição prevê reforma no Aparelho do Estado que serviram a repressão".
"A Polícia (Aparelho) continua a mesma da época da Ditadura".
"Que Polícia nós queremos para nos dar segurança?".
"A Ditadura brasileira foi uma metáfora da cumplicidade entre países".
"Durante a OPERAÇÃO 30 horas - militares brasileiros planejavam ocupar o Uruguai se a Frente Ampla ganhasse a eleição"
"Temos uma dívida com o povo uruguaio e chileno".

             A palestra de encerramento foi realizada pelo ex. Ministro Paulo Vannuchi, atualmente representando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos / Brasil O último dia também contou com a presença de vários outros militantes e parlamentares do estado.E finalizando toda evento tivemos apresentações de grupos culturais do estado de Pernambuco.

Paulo Vannuchi:

"O torturador de hoje sabe que tortura é crime; mas sabe também que ninguém jamais foi punido. Assim, é necessário pensar um futuro diferente".
"Eu não sou chavista. Embora reconheça o governo Maduro".
"Nós venceremos uma ideia de um novo golpe através da mídia e não por tanques".


Paulo Vannuchi (Comissão Direitos Humanos).



Homenagem a nossa bela cidade.






Créditos: Cícero Souza

quarta-feira, 12 de março de 2014

DAHIS UFRPE - Uma História Possível: 50 Anos do Golpe

DAHIS UFRPE - Uma História Possível: 50 Anos do Golpe: A possibilidade de revisitarmos os 50 anos da ditadura civil-militar, se inscreve nesse evento, que marca a passagem do regime dita...

3º dia - Congresso Internacional 50 anos do Golpe e a Nova agenda da Justiça de Transição no Brasil.

                                                                  Mesa do 3º Painel.

           O 3º dia de realização do Congresso Internacional na UNICAP/PE foi marcado muito mais por questionamentos provocativos do que necessariamente respostas.
          O Painel 3  - Trauma e Polícas de Reparação para graves violações de Direitos Humanos - teve início as 9h e a Mesa de debate foi assim composta:
Doudou Diéne (Relator Especial da ONU); Pamela Graham (Cientista Política, Columbia University, EUA); Pablo Galaín (Jurista, Uruguai); José Benjamim Cuellár (IDHUCA - Instituto de  Derechos Humanos da Universidade Centro Americana, El Salvador).
          Formada a Mesa e aberta o espaço aos palestrantes o público esperava resposta concretas pautado no que esta ocorrendo no Brasil quanto a temática em questão, no entanto, os especialistas procuraram a todo momento analisar o que se pedia mais pautado numa comparação quanto reparações ocorridas no Uruguai, Argentina, El Salvador e até mesmo o que é discutido nos EUA e Europa, fazendo assim um contraponto ao que foi instituído no Brasil desde a implantação da CNV.
       Durante a palestra, alguns pontos ganharam atenção ao serem levantados pelos estudiosos:

Doudou Diéne: Proferiu toda fala em língua inglesa. Procurou pontuar pontos como ideologia, Direitos humanos e Brasil.

Pamela Graham - Los archivos en los procesos de Verdad y reconciliación :

"O papel do dos arquivos é um marco".
"É necessário se trabalhar por medidas de preservação dos arquivos e acesso".
"Sobreviveram os documentos criados pelo próprio regime?".
"Os arquivos são partes importantes pra contar a memoria do passado".
"É preciso educar o cidadão para os Direitos Humanos".


Pablo Galaín: 



"É um grande avanço o fato das Cortes Penais julgarem o individuo e não apenas o Estado".
"A publicidade tem um caráter preventivo para o futuro (é uma reparação simbólica).
"Podemos falar Justiça em transição?".
"Quais as formas de reparações a serem implementadas?".
"Quanto tempo tem uma reparação?".
"Quem averigua?".
"A vítima tem o direito de saber o nome do seu torturador".
"Os Projetos políticos não se preocupam com os direitos da vítima".
"Castigar o autor ou reparar a vítima?".
"É um direito da vítima ter o castigo do culpado?".
"Depende do momento e das forças de poder".
"Ausência de pena não consiste impunidade".
"Reparação poderá ser: Livros, espaço público, museus".
"O processo brasileiro de reparação é satisfatório?".

José Benjamim:

"Nas Forças Armadas de El Salvador foi criada uma Comissão para investigar atuações".
"Em El Salvador o Programa Nacional de Repações (23/10/2013) paga entre US$ - 55 a 1.200 mil; enquanto o Conselho de Anistia Internacional avalia em até US$ 25 mil".

                Concluída as palestras, o público foi apresentado a uma breve apresentação do Filme (Curta) -  Lua do Penar. O trabalho resgata a história de Hiram Pereira de Lima, desaparecido político (1975 - DOPS/SP). Leila Jinkings e Sidnei Pires foram os diretores do fiilme, mas durante apresentação a filha mais nova do Hiram Pereira apresentou um breve histórico do que vivenciou.

Hânya Pereira:

"Aos 13 anos de idade lembra que  mãe foi torturada".
"A razão do pai era a família".
"O pai dizia que nunca seria um bom revolucionário porque não conseguiria sair apenas com a escova e a bolsa".
"Aos jovens é importante que defendam causa, mas cuidado para não dispersar. Escolha uma causa, mesmo que não fique conhecida, faça uma sociedade melhor".


Sidnei Pires e Hânya Pereira.

           No curta, há depoimento de várias pessoas que vivenciaram a trajetória do Hiram Pereira, dentre os nomes destaco: Marcelo Marcos de Melo; Hugo Martins (Guri); Ardyjam Ferreira; Ariano Suassuna entre outros. No documentário, Ariano Suassuna faz o seguinte relato: "Hiram, eu não sei para onde você vai ou quem vai ficar com você; pois, eu não sei se resisto a tortura".

*Mesmo após o desaparecimento (morte) do Hiram Pereira as escutas e vigilância contra a família continuou por mais dois anos (1977).

         No Hall do Bloco G por volta das 13h foi montado espaço para lançamento de obras, recitação de poemas e debates.











Registro fotográfico: Cícero Souza - arquivo pessoal.

Cicero Souza - Pesquisado do acervo DOPS.