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segunda-feira, 10 de março de 2014

Congresso Internacional - 50 do Golpe.




          O primeiro dia do Congresso -  Internacional 50 anos do Golpe e a nova agenda da Justiça de transição no Brasil - foi marcado por momentos de fortes reflexões. A mesa composta por autoridades locais e nacionais teve início  por volta das 10h, espaço esse ocupado por:  Luciano Barros (UNICAP); Tadeu Alencar (Casa Civil); Paulo Moraes (Secretaria Direitos Humanos do Estado); Lauro Gusmão (Secretaria de Direitos Humanos da PCR); Fernando Coelho (CEMVDHC); Ivan Cândido (Procurador Federal); Marlon Vaicher (Procurador Regional); Paulo Abraão (Pres. Comissão da Anistia).
       Das falas apresentadas merecem destaques alguns trechos importantes:

Fernando Coelho (CEMVDHC) -

 "O trabalho na Comissão hoje é uma reiteração de um compromisso 50 anos depois tentando restaurar a verdade".
" A juventude em contato com a verdade passa a conhecer a verdade ocultada durante 50 anos".
"O que nos move é dar uma contribuição que a minha geração ainda pode dar".

Paulo Abraão (Comissão da Anistia)-

"As Comissões não são os últimos passos no tocante aos fatos do passado".


            




        Logo em seguida teve início -  Painel 1 - "50 anos depois:  O que resta da ditadura?

           

        A mesa foi composta por : Anthony Pereira (Historiador, King's Collegge, Inglaterra); Luis Nassif (Jornalista, São Paulo); Iara Xavier Pereira (Comissão de Familiares); Alberto Fillipi (Filósofo, Universidade de Camerino, Itália).

Anthony Pereira:

"É preciso perceber que o período democrático já é maior que o ditatorial na nossa história republicana (1985 aos dia atuais).
"Tivemos um aumento da literatura (temática ditadura) e o desejo do jovem pesquisar ainda mais".
"Na literatura que circula na Europa pouco se fala sobre o período da Guerra Fria e o Brasil no contexto das ditaduras".
"O livro (Globalização) Maicon Mainn, em mais de 500 pg. só há uma página discutindo o Golpe Militar no Brasil".
"É interessante sabermos:  O Regime transformou o  Estado ou o Estado transformou o Regime instaurado?".
"A inovação do Regime no Brasil foi praticar tortura contra a classe dominante durante a Ditadura no país".

       No entanto, foi um primeiro dia bastante enriquecedor para todos nós que mergulhamos na temática repressão, como também, até mesmo para professores e alunos do ensino médio que deseja compreender um pouco mais das novas leituras que estão sendo construídas referentes ao período ditatorial vivenciado por milhares de brasileiros entre os anos 1964 a 1985; ou como citou o professor Anthony Pereira, levar a sociedade hoje, compreendendo a violência na qual é atingida hoje não fique "anestesiada" para compreensão da violência cometida a mais de 50 anos atrás.



             

Crédito das fotos: Cícero Souza.






Cícero Souza -  Professor / Pesquisador do acervo DOPS.



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