Candidato natural?

(Diario de Pernambuco - 28/02/2014 - Cartas).

Ele já acordou!

Lula já fala em intervenção.

                Estamos caminhando para mais uma eleição, os atuais protagonistas até bem pouco tempo eram fortes aliados e pregavam construir um Brasil mais justo, no entanto, décadas depois tudo virou "pó". Será? Quem tem razão nesse jogo de interesses? Quem seria hoje Eduardo Campos sem a "benção" do ex. presidente Lula? Já o Presidente Lula teria espaço político fortalecido  na região nordeste sem o apoio do velho "Mito Arraes"?

              Hoje o PSB cresceu e luta por seu espaço próprio, renega um apoio  antes oferecido a presidente Dilma e afirma que é possível fazer mais. O Pré-candidato Eduardo Campos (PSB) faz um trânsito político próprio das "velhas raposas" (aliança com Jarbas Vasconcelos, Aécio Neves e todos aqueles que não tiveram espaço no governo Federal nos últimos 12 anos) e ao mesmo tempo prega ser a "nova forma de fazer política". Seria ele o exemplo do "novo"?

             Da última vez que o eleitorado brasileiro assimilou o discurso do jovem e inovador foi desastroso, só para lembrar, ainda em 1989 uma superestrutura construiu a candidatura de um governador quase desconhecido, assim, Fernando Collor e um seleto grupo de políticos criaram o PRN e aliados aos grupos empresariais fizeram de uma eleição pouco provável uma realidade; desta forma tivemos Fernando Collor eleito e logo em seguida (1992) uma renúncia acompanhada de uma cassação pelo Congresso.

            Voltando ao pleito atual que se aproxima já em outubro levanto a questão: Eduardo traiu Lula e Dilma ou o ex. presidente quer fazer o socialista "refém" por longos anos?  Eduardo Campos teria feito um governo que fez acaso o governo federal (Lula e Dilma) dificultasse o repasse de verbas para obras e outros serviços? Será que a gestão do PSB foi tão excelente (Saúde, Educação e Segurança) ou valeu muito o marketing montado até agora?

           A verdade é que a História é a melhor mestra para nos ensinar. Eles hoje brigam por espaço para impor seus candidatos e construir seus próprios redutos políticos, no entanto, acabam por esquecer que no final é o eleitor que dará a palavra definitiva. E ai? A matéria abaixo nos ensina exatamente o que? Que posições políticas ocupavam Eduardo Campos e Luiz Inácio Lula da Silva ainda em 1998? E o PSDB?.

          

Fonte: DP- 28/01/1998.

Pernambuco é imortal, imortal, imortal!

           Mesmo para quem não aprecia a festa que arrasta mais de 1,5 milhão de pessoas em um único dia não tem como não apreciar a beleza dessa escultura gigante. Sem dúvida, temos um estado com muitos problemas, uma capital bastante maltratada, porém, como não ficar imóvel diante um evento que mobiliza pessoas do Brasil e de outras partes do mundo? É Frevo! É Pernambuco imortal, imortal! Quanto aos problemas? Daremos resposta nas urnas e nas ruas!

Era você?

              Infelizmente sempre teremos alguém que se julgue dono da informação e pousará como inovador; Pessoas que pensam tão pequeno que temem que o outro ao lado pense uma a mesma ideia por um viés mais aprofundado;   Teremos pessoas que acreditam que ficar sentado é mais confortável do que caminhar e aprender com o outro;  Encontraremos aquelas que acreditam que liderar é apenas pedir por favor e trocar um estojo de lugar; Sempre teremos quem acredite que tirar  poeira é uma ação tão inferior quanto agradecer a presença do próximo; Sempre teremos aquele que pouco aprenderá pois não procura ouvir.

      Que sociedade mais complexa. Enquanto tantos lutam por um cotidiano mais humano outros fazem guerras. Enquanto alguns partilham outros reservam para si. O que levaremos diante tanto egoísmo? O que ganho quando levo o outro a perder?

            Certo dia ouvi uma senhora contar uma história, iniciou a conversa comentando ser  comum vermos  pessoas já no seu leito lamentarem o quanto estão sofrendo e abandonadas, mas, não avaliam o quanto construíram esse caminho.

             Segundo a senhora, essas pessoas deveriam se perguntar: Lá no ensino Primário, o quanto ajudei o meu colega? E no Ensino médio, quantas vezes partilhei o conhecimento assimilado? Já na Universidade, será que realmente fui ético na minha postura quanto pesquisador? Saindo das bancas escolares deveria se perguntar: O trabalho que desempenhei contribui até que ponto para o sucesso do próximo? Até que ponto não me deixei envolver numa visão reducionista e limitei uma conversa a um simples gesto de cabeça? Será que a informação que detinha era tão importante que caberia apenas a mim?  Mais adiante, já quase o coração parando ainda fez ainda algumas perguntas: Por que neguei aquele abraço acolhedor a quem me procurou? E a ausência de um sorriso? Deveria ter sentado, conversado mais e ter ao menos ouvido a "historia" que aquele curioso estava montando ou minha sabedoria é tanta que me tornei intocável?

              Talvez você espere a resposta, mas como? As pessoas  foram afastadas ao longo do tempo e o que ficou foi uma angústia que antes era vista como sucesso. A lágrima caiu aos olhos, a garganta ficou seca e aquela vontade de pedir perdão por ser tão traiçoeiro pouco fez sentido.

    Morreu; ele e sua arrogância.

                Naquele momento da conversa senti um vazio imenso, não por acreditar que faço exatamente o que aquele senhor fez, mas por sentir que bem próximo a mim há pessoas que ainda acreditam que sem carinho, respeito e postura ética é possível se vencer na vida.

Cícero Souza - Pesquisador 

Golpe ou revolução de 1964?

http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2014/01/78944-contagem-regressiva-para-o-golpe.shtml

João Goulart

Vice de Jânio Quadros, João Goulart foi impedido por ministros militares de tomar posse após a renúncia do presidente, em 1961. Assumiu o cargo em regime parlamentarista. No campo econômico, seu governo foi marcado por um projeto anti-inflacionário e desenvolvimentista, o Plano Trienal. No campo político, por uma aproximação com a esquerda. Em março de 1964, foi deposto por militares. Morreu 12 anos depois, no exílio, na Argentina. Em 2013, o corpo de Jango foi exumado para verificar as causas da morte. A família e o governo federal suspeitam que ele tenha sido envenenado por forças ligadas ao regime militar.

membros padrões compatíveis com a sua alta dignidade”

17.fev.1964

A Folha publica que o presidente João Goulart aassinou decreto criando o consulado em Assunção. O Brasil havia acabado de iniciar entendimentos com o Paraguai para o aproveitamento hidrelétrico de Sete Quedas –o projeto resultaria na usina de Itaipu, inaugurada em 1984.

18.fev.1964

O embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon, declara que a regulamentação de remessa de lucros atingirá centenas de firmas norte-americanas.

19.fev.1964

Em pronunciamento à nação no programa “A Voz do Brasil”, da Agência Nacional, o presidente João Goulart nuncia que está em fase final a negociação para reescalonar a dívida brasileira. Afirma também que a Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito) havia adotado a primeira de uma série de medidas para sanear as finanças internas e assegurar o desenvolvimento. 

20.fev.1964

Em nota à imprensa, o embaixador Lincoln Gordoncomenta o pronunciamento de João Goulart. Diz que “o governo dos EUA é favorável à iniciativa brasileira de realizar negociações multilaterais com credores sobre questões de dívidas externas e se acha pronto a colaborar”.

O presidente João Goulart participa, na Vila Militar, da cerimônia em memória dos soldados brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial. Em seu discurso, Jango participa, na Vila Militar, da cerimônia em memória dos soldados brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial. Afirma que “o Exército tem a tradição de ter estado em toda a sua vida e em toda a sua história ao lado dos sentimentos legítimos e das aspirações mais sentidas do seu país e do povo brasileiro”.

Vamos aprimorar nossa produção?

http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/noticias-de-educacao/23393-usp-lanca-curso-de-extensao-online-que-ensina-a-escrever-artigos-cientificos.

http://www.escritacientifica.com/

          "Por comando entendo as qualidades do general: sabedoria, sinceridade, humanidade, coragem e rigor"

( Tzu, Sun.A arte da guerra. Paz e Terra, p.15).

         Um novo dia esta por começar, e você continua o mesmo? Passamos a semana inteira enfrentando os desafios que a vida nos oferece, alguns bastantes penosos mas outros intensamentes prazerosos.

        Talvez durante a semana você tenha se deparado com alguém que deseja tanto "ser você" e por mais que tente nada consegue. No entanto, esse "você forjado" passará o resto de seus dias tentando eliminar o que você tem de mais precioso; o teu sorriso.

        Parabéns, por saber sorrir mesmo quando lá no fundo tens motivos para chorar.  Te desejo felicidades, por conseguires encontrar uma palavra de afeto e lançar para aquela pessoa que precisa tanto de ti. Valorizo a tua bravura por ainda conseguir ver aquele ente querido no mesmo lugar quando na verdade só esta na memória.

        Ofereço nesse momento o conselho dos sábios. Acordas sorrindo, agradeça a Deus por respirar e estares acompanhado daqueles que tu amas e que te amam também. Aproveitas cada minuto com o teu pai, tua mãe, teus irmãos ou mesmo aquela que a cada dia doa um minuto do tempo dela para tornar o teu dia mais feliz. Ame-a mas a deixe viver. Viva e se permita amar.

      Na vida o que tenho até agora são duas certezas: Tenho muitos amigos que doam sorrisos, abraços. Mas, talvez tenho um ou dois inimigos e a eles deixo a convicção de que apesar de deixar meu coração aberto para acolhê-los estarei sempre pronto para os confrontos que a vida oferece.

Cícero Souza - Pesquisador do acervo DOPS.

Eles acreditaram !

Apresentação do Projeto Anual (Jogo do emprego) 

           Eles eram jovens, eram imaturos e como a grande maioria pouca esperança tinham em acreditar que haveria um futuro melhor. Naquele período, apesar de atuar a um bom tempo na área de ensino eu ainda era um sonhador, acreditar ser possível fazer de cada sala de aula um "laboratório", acreditava ser possível tornar as relações no ambiente escolar bem mais humano.

         Pois bem, éramos sonhadores. no primeiro ano de trabalho parecia que nada daria certo, a proposta de um Projeto em que faríamos uma análise da obra do Josué de Castro (Homens e caranguejos) e relacionaríamos ao contexto vivenciado no bairro foi pouco produtivo; talvez para eles, para mim era apenas o início. Nos anos seguintes parecia que tudo que eu falava começava a fazer sentido, se antes "não tinham sonhos" agora, pelo menos começam a tentar sonhar.

    O ano de 2009 e 2010 os resultados foram colhidos. Depois de oito meses de trabalho e produção os alunos do 2ºano / Médio da Escola Frei Romeu Peréa foram destaques na matéria do Diario de Pernambuco do dia 01/09/2009. A matéria  "Jovens ensinam o caminho do emprego" publicado no periódico mostrava para toda sociedade que eles não apenas se re(descobriram), mas procuravam mostrar que existiam e tinham sonhos possíveis.

     O ano de 2010 mais uma vez foi o marco para aqueles alunos, agora o desafio não era apenas reafirmar o que outros haviam construídos mas também mostrar que eram capazes de serem ainda mais criativos; tamanho desafio teve como resultado final a publicação no DP (19/12/2010) do Projeto "Jogo do emprego", atividade didática essa apresentada a toda sociedade sob o título "Jogo ajuda na busca por um emprego". As duas matérias reacenderam duas certezas: Eles sempre existiram e que eu deveria continuar acreditando na capacidade daqueles alunos matriculados em mais uma escola pública.

       Não tinhamos tablets, pouco me interessava o bônus. O que havia era um compromisso e a certeza que era possível fazermos diferente e melhor. Como também uma forma de mostrar aos gestores públicos que mesmo eles sucateando o ensino público uma escola feita por pessoas compromissadas consegue construir mentes capazes de pensar e acreditar em um futuro melhor. Lutamos e buscamos apoio dos familiares, mas o que mais percebi naquele momento é que os próprios alunos "queriam também ajuda", queriam mostrar para mim, para os seus colegas, para os outros professores, para sua comunidade que eram capazes, capacidade essa tão intensa que conseguiram ocupar por dois anos seguidos uma página inteira do jornal mais antigo da América-latina.

         Eles acreditaram. Acreditaram no meu trabalho diário em sala de aula. Eles acreditaram no conjunto de professores que faziam aquela instituição, mas acreditaram principalmente na própria capacidade de mudar. Hoje, praticamente todos estão ocupando postos de trabalhos em empresas privadas, estão tomando decisões, como também concluindo seus cursos em faculdades privadas ou públicas. 

        Obrigado a todos por acreditarem em mim, por me fazerem sentir a cada amanhecer que é justo trabalhar com seriedade, procurar fazer o melhor mesmo que os resultados só apareçam quase uma década depois.

Cícero Souza - Professor e pesquisador do acervo DOPS.

Dia histórico proporcionado pela CEMVDHC

        O espaço realmente era pequeno mas a solenidade proporcionada pela CEMVDHC deu mostra mais uma vez que um trabalho sério e de credibilidade é a marca dessa equipe.

        Foi realizado hoje no auditório da OAB-Recife, na rua do Imperador o evento que marca os 40 anos do desaparecimento do Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier Filho durante vigência da Ditadura Civil-militar.

      A composição da Mesa foi constituída inicialmente por: Fernando Coelho (Pres. da Comissão); Henrique Mariano, Manoel Moraes (CEMVDH); Pedro Henrique (Pres. da OAB); Tadeu Alencar (Casa Civil do Estado); Marcelo Santa Cruz e Virgínia Collier (representando os parentes dos desaparecidos políticos.

Composição inicial da Mesa

             Fazendo abertura dos trabalhos o presidente da CEMVDHC fez relato sobre o primeiro encontro que teve com a dona Euzita Santa Cruz  ainda em 1974. Relatou que se preparava para falar no Guia eleitoral (campanha para deputado) e antes de ir ao ar foi procurado por ela que pediu ajuda para denunciar o desaparecimento do sue filho (Fernando), assim, imediatamente decidiu que usaria o seu espaço no Guia não para fazer a campanha e sim para alertar os fatos que estavam ocorrendo.

Sra. Euzita Santa Cruz

          Logo em seguida, o relator Monel Moraes apresentou o caminho percorrido pela Comissão para estudar os documentos que viria esclarecer o desaparecimento do Fernando Santa Cruz, destacando minuciosamente as análises realizadas e os próximos passos que a CEMVDHC deverá adotar.

         Durante a solenidade ainda fizeram uso da palavra o vereador Marcelo Santa Cruz, a Cristina Collier, o Secretário da Casa Civil Tadeu Alencar e o dr. Pedro Henrique (Presidente da OAB/Recife). 

     Marcelo Santa Cruz  

              Durante o uso da palavra o Secretário da Casa Civil Tadeu Alencar elogiou o trabalho da CEMVDHC, destacou a importância dos trabalhos desenvolvidos pela CEPE, como também aproveitou para ressaltar a importância do trabalho desenvolvido pelo Arquivo (ação da qual tive a satisfação de oferecer meu empenho durante minha atuação no acervo DOPS). Mas, o secretário em sua fala destacou também o novo momento vivido em Pernambuco e afirmou que "Não há mais espaço para o paletó na cadeira".

Secretário Tadeu Alencar

         No entanto caro leitor, foi de  intensa emoção o momento em que o presidente da CEMVDHC deixou a Mesa e se dirigiu até dona Euzita Santa Cruz para entregar o relatório dos trabalhos realizado por todos da Comissão referente ao desaparecimento do seu filho Fernando Santa Cruz no dia 23/02/2014. Fernando Coelho ainda aproveitou para fazer um apelo a todos que tenham em casa documentos do período em análise e caso desejem poderão fazer doação a CEMVDHC para assim fazer parte do acervo  que esta sendo preparado para o futuro Memorial da Democracia.

Forte abraço, 

Cícero Souza - Pesquisador - Acervo DOPS

Ao meu amigo Diogo Borges

"Bom dia meu querido e amado Mestre. Estou aqui pra lhe dar a notícia que Diogo, meu irmão passou na UPE em Ed. Física, na RURAL em Engenharia de Pesca e ganhou pelo PROUNI uma bolsa integral no curso de LOGÍSTICA na Nassau. O senhor faz parte desse sucesso". (Débora Borges).

1ª Gincana do Frei Romeu / 2010.

Nossa profissão é mesmo gratificante. Ainda hoje pela manhã conversava com um colega quanto o prazer que tenho seja de pesquisar documentos de décadas remotas ou mesmo estar em sala de aula e ter a certeza que fiz o meu melhor, mas durante a conversa, lembro que comentei com ele que muitas vezes aquela sensação de um dever cumprido e que havia ministrado um trabalho significativo para a vida futura daqueles alunos muitas vezes só apareciam como resposta anos depois. Pois bem, hoje foi um desses dias. Agora a pouco ao chegar em casa tive a satisfação de receber um carinhoso bom dia de uma ex. aluna e hoje minha amiga, uma relação que foi construída a pelo menos cinco anos sempre dosada de cobranças e respeito. A notícia trazida dessa vez foi as excelentes conquistas do seu querido irmão.

Diogo Borges até hoje também esta guardado carinhosamente no meu coração, não por ser aquele garotinho lá na antiga 5ª série (fundamental II ao 1ª série do Ensino Médio) e irmão da minha antiga aluna Débora, ele soube como poucos compreender o nível das minhas cobranças, soube "entrar e sair" como poucos.

Acompanhei o crescimento do Diogo (fisico quanto intelectualmente), acompanhei na mesma velocidade que acompanhei o meu filho, uma vez que são praticamente da mesma idade. Como ser surpresas as conquistas recentes? Este garoto sempre procurava participar das aulas, fazia as atividades da melhor maneira possível e principalmente tinha a humildade de ajudar seu colegas e até mesmo dizer quando não sabia uma resposta. Talvez você pergunte: O que diferenciava o Diogo dos demais alunos que estudaram naquela escola pública? Posso afirmar com certeza dois fatores: humildade e o papel da família principalmente junto aos professores.

A humildade que nós professores encontrávamos nos olhos e principalmente nas palavras dirigidas tanto aos colegas quantos aos docentes. Não tenho lembrança de vê-lo reclamar de uma atividade ou "clonar" atividades avaliativas, ele sim, como poucos buscava sempre a qualidade e expressar metas para um futuro próximo. Diante das "broncas coletivas" recebidas logo em seguida quase sempre vinha desculpar-se.

Por outro lado todo esse trabalho e resultados de sucessos pouco seria possível sem o apoio constante dos pais e também da sua irmã Débora Borges. Nós professores sempre recebíamos a visita a qualquer momento dos seus responsáveis para saber o desempenho escolar e aconduta em sala de aula, como também, sua irmã além de estudar com afinco para os vestibulares tinha sempre pronto um sorriso e um abraço carinhoso a oferecer.

Assim, como professor, o verdadeiro pagamento eu recebi agora. O sucesso abraçado pelo Diogo é resultado de uma equipe de professores da rede pública de ensino (Frei Romeu) que sempre procurou trabalhar sério. Parabéns meu eterno aluno Diogo Borges e guarde sempre meu carinho e admiração. Muito obrigado por ter compreendido que minha postura (exigente, chato, que não faltava e que não facilitava em nada) tinha um objetivo maior.

Meu carinho e um muito obrigado por ter confiado em meu trabalho, como também tenha a certeza que novos desafios estão apenas surgindo em sua vida mas que com a força de Deus e de seus familiares serão logo superados.

Forte abraço.

Cícero Souza (Professor e pesquisador/acervo DOPS).

APEJE- Carnaval e repressão sob análise - I Encontro sobre Estudos.

I Encontro Sobre Estudos do Carnaval e Repressão em 

Pernambuco

           Teve início no último dia 15(Mesas de debates horário da tarde) o primeiro grande evento que tem por objetivo (re) discutir a historiografia do Carnaval em Pernambuco e a repressão instituída pelo Estado (principalmente durante a vigência da Ditadura Militar de 1964/1985). E como não poderia deixar de ser, teve como palestrantes duas das mais representativas autoridades no assunto, intelectuais que abrilhantaram e desvelaram pontos ainda pouco elucidados em nossa historiografia.

           A mesa de abertura (Carnaval através dos seus múltiplos olhares: Historiografia e representações culturais) teve início as 14h sob mediação do pesquisador Hildo Leal que com valiosa maestria ofereceu a palavra as dras. Graça Ataíde (UFRPE) e Rita de Cássia (FUNDAJ).

Dra. Rita de Cássia (FUNDAJ).

         

          A professora Rita de Cássia durante exposição apresentou inicialmente a importância da FUNDAJ para o resgate da nossa cultura e apoio aos pesquisadores da temática, como também a relevância dos arquivos para o conjunto da sociedade diante novo cenário. Num segundo momento a pesquisadora brindou o público com um texto e uma leitura que procurou resgatar a historiografia do nosso carnaval e sua fontes desde o século XVIII, análise que como não pode deixar de passear desde Pereira da Costa, Glberto Freyre aos nossos dias atuais.

           

Dra. Graça Ataíde de Almeida (UFRPE)

         Por sua vez, a professora Graça Ataíde (UFRPE) buscou não apenas analisar a relação carnaval e repressão (com destaque ao festejo de 1938) como também fez um breve resumo de sua atividades como intelectual e os desafios enfrentados  por ela durante visita aos diversos arquivos seja no Brasil ou exterior.

        A palestrante relembrou ter sido despertada para a pesquisa ainda no ano de 1972 sob orientação do catedrático Armando Souto Maior, sendo o primeiro espaço visitado por ela as intalações do Arquivo Estadual de Pernambuco (rua do Imperador). Ainda em sua fala procurou parabenizar a todos que fazem expressivo trabalho no APEJE e pediu para que aquela instituição continue perseguindo o desejo de toda os pesquisadores e também sociedade pernambucana que é manter um acervo acessível a todos (diferentemente do que ela verifica ainda em outras instituições pelo Brasil.

Mediador Hildo Leal Rosas e o pesquisador (DOPS) Cícero Souza .

    

        Já nas considerações finais, Cícero Souza (pesquisador - acervo DOPS) aproveitou para agradecer o carinho e amizade de longa data sempre oferecida por sua orientadora (Graça Ataíde), como também tê-lo despertado para o campo da pesquisa principalmente na temática repressão. O mestrando  destacou que ao levantarmos a discussão Carnaval e repressão devemos olhar  muito "além do documentos oferecidos", uma vez que a mémória coletiva é mais ampla e múltipla a partir da análise da atuação dos agentes da repressão. Logo em seguida aproveitou para solicitar a todos que o presente Encontro fosse também em homenagem a memória do seu pai (José Silvestre) falecido no último dia 08/02, uma vez que  a origem do evento partira dos inúmeros diálogos desenvolvidos entre o pesquisador e seu querido pai e logo socializado com os atuais organizadores que com toda competência deram início ao evento que com certeza será uma referência não apenas para os pesquisadores que frequentam os setores do Arquivo Estadual mais todo aquele pesquisador que desejar re (discutir) a historiografia Carnaval e repressão.

Forte abraço a todos os leitores,

Cícero Souza - pesquisador (acervo DOPS).

Local: Sede da APEJE – Rua do Imperador Dom Pedro II, 

371 – Santo Antônio – Recife.

Datas: 15 e 22 de fevereiro de 2014

Horários:

15/02: 7 horas (para realização de credenciamento)

22/02 : 8 horas

Fones: 81 3181.4127/3181.4129

Vale acreditar!

Lindo é poder olhar todos os dias para o céu e descobrir que em meio a tantos problemas, existe um DEUS que nos permite sorrir.

Então não desista, sorria.

Você é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina.

Padre Marcelo Rossi         

 (23/11/2013)

Ensino público : O que mudou por aqui?

              “O ensino publico constitue um dos ramos mais importantes de uma nação, e por isso mesmo deve merecer as mais sérias attenções dos respectivos governos”.

              “Parece incrível que uma província, como a nossa, se resinta nesta parte de uma falta tão grave, qual a do desprezo com que são tratadas as suas escolas”.

         “Alem dos inconvenientes do local em que ordinariamente se acha a escola, da pessima forma que se apresenta o exterior  e interiormente, accresce que se acha ella desprovida completamente de material technico para o ensino”.

(Jornal – O Grêmio dos professores Primários. Ano II, Nº 16, 10/09/1884)

Todos amam "Seu Lima e dona Iraci" (Nossos pais de sempre)!

         Para conceituar a palavra família basta você localizar em sua biblioteca um livro de Sociologia, de Filosofia ou mesmo assistir uma novela global de autoria do Manoel Carlos e acreditará que sabe exatamente o que temos e sentimos, no entanto, de imediato posso adiantá-lo que estais enganado. A essência é sentir o "ser família",  é perceber que nos momentos mais difíceis muitos parecem gigantes, todos demonstraram o amor que foi construído por nossos pais (através dos fortes abraços, lágrimas sinceras e lembranças que surgem não como distração mas como uma maneira de perpetuarmos a presença espiritual daquele que tão forte mostrou-se) que nem mesmo no último gesto (dorminada eterna) nos permitiu sentir algo menor que não fosse saudade e gratidão. As palavras construídas nos textos abaixo são exemplos, não é fácil você colocar em textos  momento tão difícil. Aos que não escreveram também não é diferente, afinal, como escrever algo se não ao menos sabemos ainda conviver (tamanha saudade).

         Minha mãe, minhas irmãs, meus irmãos, meu filho, minhas cunhadas (os), meus sobrinhos, minha "protegida",  minha prima e demais familiares amigas e amigos de todas as horas muito obrigado. Fácil não é, mas precisamos aprender diante a tristeza que nos invade, temos que olhar para o nosso Senhor e principalmente compreendermos que sábias não são apenas suas palavras, mas principalmente, sábias são suas ações e realizações.

Ze Carlos

(09/02/2014)

Carta ao meu Pai

Meu pai, um homem humilde, leve sotaque, trejeitos interioranos de uma cidade lá longe do sertão da Paraíba. Voz forte, firme, quase imperativa que, ao impostá-la em tom áspero, me dava "frieza nas pernas". Quantas noites te dei trabalho hein meu pai?!, te fazendo levantar no meio da noite para você e minha mãe, loucos de preocupação me levar ao hospital, por esse ou aquele motivo. Quantas noites, ao perceber que eu, já rompendo a madrugada, escondido de ti, assistindo tv, ainda em preto e branco, você gritava: "Desliga essa televisão menino, vai dormir", teimoso pois estava sob o efeito natural da minha curiosidade, provocada pelos filmes censurados para a minha idade, e que, só passavam nas madrugadas daquela época, eu teimava e seguia me aventurando em desobedecer-te, até que, vez por outra, ouvia teus passos fulminantes saindo do teu quarto, vindo flagrar-me e tomar posse da minha vontade impetrando-me à pena de um sono indesejado por minha inconsequência ainda infantil.

Pai...

Obrigado por você e minha mãe, fazer-me acreditar que o bem existe, que existem pessoas boas, que devemos cuidar dos filhos, dos mais fracos, e até que Papai Noel existe, lembra?! que você e minha mãe me fez uma inesquecível surpresa, pois ao acordar, encontrei o meu primeiro presente embaixo da minha cama, saibas que jamais esqueci viu, pois para mim, Papai Noel, até então, era coisa que eu só ouvia falar nos filmes de tv, ou sob os regozijos dos meus amiguinhos felizes e apossados dos seus presentes deixados "pelo bom velhinho".

Pai...

Sei o quanto você e minha mãe lutou para criar a mim e meus irmãos, que com tua peculiar dignidade, forjou em nós, princípios que até hoje nos regem e guiam nossos passos. Sei que você não pôde estar tão presente em nossos dias, pois para que pudéssemos ter uma vida digna e um futuro melhor que o seu, tivestes que trabalhar duro, pois viestes de família humilde, mais de muitos princípios éticos e morais. 

Pai...

Obrigado por me fazer um homem digno e honesto, pois carrego em mim valores que você e minha mãe me ensinou a ter e preservá-los. Pai, mesmo em nossa silenciosa, mas harmoniosa convivência, você foi de fundamental importância para a construção do meu caráter e personalidade. Não foi por acaso que junto com meu irmão, seguimos os teus passos, entrando também na Polícia Civil, levando a ti, o orgulho dos nossos atos, e o respeito conquistado na profissão que você, com orgulho, outrora abraçara. Não, você não era homem de muitas palavras, contudo, consegui absorver de ti, o que de melhor um filho pode herdar de seus pais, o respeito a Deus, ao próximo e a consolidação dos seus próprios valores individuais.

Pai...

Você nos deixou hoje, 08/02/2014, às 05h00. Por favor, quando você encontrar com Deus, agradeça-lhe por mim, pois ele me deu você..., o seu amor... o seu cuidado...(difícil continuar...). 

Obrigado meu paizinho, obrigado por tudo... Adeus, DESCANSE EM PAZ!

Diego Henrique

(09/02/2014)

Se eu irei sentir falta do meu avô ? Claro que sim... Só que no estado que ele estava não dava mais para ver tanto sofrimento ! Quem realmente conviveu dia a dia com ele sabe que se ele estivesse vivo hoje a batalha seria dura e que estaria sofrendo mais ! De uma coisa estou conformado, que hoje ele descansou e está bem melhor ! Obrigado para quem o ajudou quando estava internado no hospital.Aninha Recife foi considerada uma filha diante dos olhos de todos,Cicero Souza ajudou muito enquanto podia com minha avó dando força a todos, Minha Tia Simone que passava a semana com vovó para distrai-lá ! Nunca irei esquecer o quanto todos ajudaram. Ah e antes que me esqueça obrigado a Laiana Carvalho por me ajudar, e pelo carinho que você teve comigo ! Isso nunca irei esquecer 

Laiza Ribeiro

E hoje deus vai te receber de braços aberto vovô, é muito difícil dar o ultimo adeus, mais sei que foi o seu melhor, eternas saudades vão ficar! Te amo vovô muito, luto ;(.

Priscilla Lima

Hoje o céu ganha mais uma estrela, como é difícil a despedida. Te amo muito vozinho. Todos os ensinamentos, amor e carinho vão ficar em nossos corações.

Aninha Recife compartilhou 

31 de janeiro

Sem palavras para definir pessoa tâo importante em minha vida !

Michelle Amorim

há 23 horas

Palavras nunca serão suficientes para expressar todo amor que sinto por essa pessoa especial e inesquecível. Te amarei para sempre, Vovô.

Max Lima

há 22 horas

Cicero Souza

3 de fevereiro

Reservem suas energias e um pouquinho do seu tempo para mantê-la sorrindo e com muito mais qualidade de vida Michelle Amorim, César Lui, Diego Henrique,Priscilla Lima, Flavio Henrique, Laiza Ribeiro, Ronilson Leite, Cintia e demais protetores desse anjo!

Cicero Souza

2 de fevereiro

Uma história.

Você pode até dizer que assistiu um filme, que numa certa novela apresentou algo igualzinho, mas, tenho certeza que viver uma linda história de amor é para poucos; uma história que alcança mais de quase sessenta anos, deixa raízes que o tempo não apagará. Existem histórias que acabam por ter um final triste, esta não, afinal a imagem logo abaixo é um sinal que as rugas, quedas de cabelos, memória quase que "esfacelada" é a prova maior do quanto se completam. Uma história construída a dois e ensinada aos filhos, netos, noras e genros. Para quem duvida a existência de anjos, eu posso dizer que hoje, próximo a completar meus 42 anos ganhei o que tenho de mais precioso em minha vida; meus pais. Ele me deixa uma lição, me ensinou a valorizar cada momento que pude vivenciar quando criança ( ida ao estádio, as broncas e os conselhos), mesmo eu já casado e com filho ele me fez perceber que não foi tempo perdido as vezes que fiquei deitado na cama (ladeado por ele e minha mãe) ouvindo música e conversando "bobagens" que sinto muita falta nesse momento. Ele me ensinou também que devo cuidar sempre do meu filho e principalmente não deixar minha mãe fazer esforço. Eram frases simples mas que deixaram marcas.Como é bom saber que aproveitei (me permitindo amar e ser amado), melhor ainda é entender que eles conseguiram na prática mostrar o que é uma vida a dois, uma relação de décadas que para muitos casais não chega a durar meses. No próximo dia 03 também será comemorado o aniversário do seu clube do coração, agremiação essa que ele acompanhou desde a década de 50 uma história que já dura cem anos.

E ela? O que dizer? Nessa linda história de amor ela soube como poucas mostrar em todos os momentos que as melhores lembranças persistem. Converse com ela e ouvirás inúmeras aventuras surgidas e que deram sentido ao amor entre os dois. Ouvirás por exemplos, que ainda nos anos 1950 ela arrumava a cada uma hora uma desculpa junto ao gerente da antiga loja Paulista para que assim pudesse ver o seu namorado passar e acenar para ela, uma relação de carinho que você tem compartilhada logo abaixo. Lição? Aproveite o máximo todo amor que existir em você, se encontrou uma pessoa especial valorize (não o quanto financeiramente ela pode te oferecer) para que momentos lindos sejam contados e lembrados. Deite mais vezes ao lado dos seus pais e permita "perder tempo", sorria com eles e escute aquela música que ele tanto aprecia, como também procure tocar nas mãos deles e distribuir carinhos.

Se permita ter uma história e viver uma bela história. Eles me presentearam e continuam a presentear-me. Abrace seus pais, seus filhos e todos aqueles que realmente sabem o sentido de amar. Nosso pai não foi apenas feliz, ele esta feliz e ficará cada dia mais enquanto alimentarmos de amor aquela a quem ele protegeu com toda sua força por décadas. Obrigado meu pai por me presentear neste dia não com bens materiais e sim com valores que poucos conseguem compartilhar sentimentos tão nobres e raros nos dias de hoje (amor, lealdade, atenção profissionalismo e a vontade de conseguir tudo da maneira mais honesta possível). Nos últimos meses o senhor sem usar uma única palavra me fez entender o sentido de vivermos em família, sem "gritar ou mesmo gestos" reuniu todos ao seu redor a compartilhar o que de seu modo simples (bom sertanejo) nos ensinou. Percebeu? Tivemos lições de um casal de MESTRES e nem precisaram frequentar o banca da academia, afinal, de humano por lá resta muito pouco!

Hoje, se as condições permitissem que ele falasse com certeza ele diria "um obrigado Aninha Recife, Roberto Almeida, Ze Carlos, Diego Henrique, Mone, Zena,Laiza Ribeiro, Michelle Amorim, César Lui, Priscilla Lima, Cristiane, Ronilson Leite, Rafael, Léah Silva, Max Lima, Flavio Henrique e que todos não esqueçam de Iraci".

Hoje é o aniversário deles!.