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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Jeito novo de governar

 Não cabe aqui o eleitor colocar a paixão acima do que realmente interessa. O processo para escolhas dos candidatos a disputar o posto de presidente,senador, governador e deputado (federal/estadual) já começou, no entanto, o que já estamos verificando é a existência de alianças "pragmáticas" e discursos disvirtuados da realidade. Os protestos de junho não podem ser capitaneados para fazer parte do marketing de candidatos, bem como as alianças políticas precisam ser avaliadas hoje para que não termos que pagar um oneroso preço a partir de 2015. A pergunta é: O que esse candidato oferece ao "macro" ele conseguiu aplicar realmente ao "micro"? Como utilzou dos recursos públicos durante sua gestão? Até que ponto ele é o que apresenta? A quem interessam suas propostas?



DP- 17-04-2014 - B6

domingo, 6 de abril de 2014

sábado, 5 de abril de 2014

Pernambuco: Daqui para frente com João Lyra


                 O agora que  ex-governador Eduardo Campos (PSB) finalmente passou o cargo ao seu vice João Lyra - PSB); afinal, nos últimos meses pouco era possível sabermos se o antigo titular estava gerindo o estado ou mesmo fazendo sua pré-campanha política a presidência da república.
                Não pretendo aqui tentar convencer o leitor para a questão "se" o estado de Pernambuco avançou ou não nos últimos sete anos da gestão socialista, quero sim, desejar a todos os pernambucanos que o novo ocupante da pasta, o agora governador João  Lyra, nos próximos nove meses em exercício faça um gestão com plenos êxitos. No entanto, lanço aqui três pontos principais:

1 - Educação  - Apesar dos fartos recurso federais (FUNDEB) nosso sistema esteve mais respaldado na farta propaganda midiática. Os noteboocks  entregues aos professores em 2008 (ao custo de R$-2.300,00) hoje estão obsoletos; os tablets entregue aos alunos pouco uso didáticos atendem; escolas continuam com problemas estruturais (das periferias principalmente); raras unidades escolares dispõem de quadras poliesportivas apropriadas (isto em um país que sediará uma Copa e uma Olimpíada); professores da rede oficial continuam recebendo o pior salário do Brasil e sendo exigidos como os docentes de unidades privilegiadas.

2 - Saúde - Apesar dos avanços apresentados, ainda é uma realidade vermos pacientes (principalmente idosos) penando em enormes filas nas unidades de atendimento e nos dois grandes hospitais da cidade (Agamenon Magalhães e Restauração).

3 - Mesmo com avanço do programa Pacto pela Vida temos ainda altos índices de violência na região da Zona Norte; carência estrutural e salarial dos nossos agentes públicos (fornecimento de coletes e armamento de qualidade para o combate a criminalidade); maior qualificação dos policiais (civis e militares) visando melhor atuação frente as mobilizações sociais e no trato direto com comunidade durante abordagens e atendimentos nas delegacias.

              Pois bem, apesar do tempo ser bastante curto nosso governador João Lyra terá uma missão gloriosa. Caberá  a ele, tirar Pernambuco do amplo discurso midiático dos últimos sete anos e colocá-lo no patamar de realizações concretas. Nos últimos vinte anos apenas o governador Carlos Wilson (vice do governador Miguel Arraes - 1990) conseguiu imprimir um ritmo trabalho e deixar sua marca que entrou para a história dos verdadeiros gestores preocupados com o povo pernambucano.
            Boa sorte governador, forte abraço e conte com apoio de todo o povo pernambucano!


Cícero Souza - Professor / pequisador - acervo DOPS/PE



Fonte: Arquivo do autor

terça-feira, 1 de abril de 2014

Portal Lagoa do Ouro: Contraponto: MILITARES que foram CONTRA A DITADURA...

Portal Lagoa do Ouro: Contraponto: MILITARES que foram CONTRA A DITADURA...: “Esquerda Volver” é o mais novo documentário da TV Câmara. Realizado em HD e com 24 minutos de duração, o filme é o registro histórico de...

Ditadura Militar: Quando ainda "aborrecente"!


           Hoje, refletimos sobre um fato ocorrido exatamente cinquenta anos atrás,  uma vez que concretizava-se ali a maior mobilização de grupos formado por militares e civis, movimento esse que mergulhou o país numa ditadura por 21 anos. Não vivenciei diretamente o período, o máximo que me lembro foi um cascudo que levei (por volta dos sete anos de idade) quando falei que "o governo era ruim". Atualmente, continuo desenvolvendo minha pesquisa, estudo esse que tem como foco o impacto do Regime na história  de vida dos docentes e a fragilização da ação sindical.
              Mas, voltando ao Golpe, Revolução ou Golpe Civil-militar quero aqui lançar uma breve pesquisa que realizei e que talvez direcione discursos daqueles que afirmam terem saudades daquela época. Na verdade, foi aguçada quando no último sábado (29/03/2014) acompanhei uma calorosa conversa entre  três pessoas no interior de um coletivo, todos tinham na faixa de sessenta anos e teciam elogios e saudades de uma época em que na cidade do Recife não havia assalto, "a educação funcionava, os programas televisivos eram moralizados, o trânsito fluía tranquilamente"; escutando a história de vida deles quase que cheguei a sentir saudades e vontade de que "realmente aqueles tempos voltassem".
           Assim, aleatoriamente decidi fazer um levantamento nos principais jornais locais e focar em matérias que retratassem o cotidiano. Como leitor confesso que poucas vezes me senti tão angustiado; quanto pesquisador o êxtase foi intenso por compreender que a memória estava ali registrada e a quem desejar basta passar uma tarde no interior de um Arquivo, solicitar um periódico do acervo e "voltar no tempo".
               O período ditatorial correspondeu entre os anos de 1964 a 1985, mas defini como corte os anos de 1974 / 1976. Já em relação ao  periódico foram excluídas as leituras dos dois principais (DP e JC), passando como caminho para análise um veículo que fizesse esse "elo de comunicação com a sociedade", mesmo que estivesse alinhado com o regime presente. O Diário da Noite foi o jornal avaliado, o caderno Cotidiano foi o principal para que pudesse ter as notícias mais direcionadas ao registro do período, como também, no Caderno há registros de cartas à redação em que o leitor demonstra toda insatisfação com as instituições e aqueles que ocupam postos "biônicos".
                     No breve apanhado que levantei pude constatar uma quantidade e variedade  enorme de "violência" registrada contra mulheres (doméstica ou não); há inúmeros casos de violência sexual contra crianças (meses de idade e também adolescentes), violência física e casos de abandono. No entanto, o que também chamou atenção foram as notícias de assaltos vitimando a população das mais diversas áreas do Grande Recife. É desse período também o registro quanto o aumento do consumo de drogas (álcool e maconha).


08/05/1976 - DN

08/05/1976 - DN

Apesar dos registros da atuação policial (com prisões de grupos armados e outros mais) é também marcante que entre os anos de 75/76, durante pleno Regime ditatorial, a própria polícia muitas vezes foi vítima da ação de bandidos armados.

16/06/1975 -DN.

                        Outro registro que merece destaque no levantamento realizado é a questão do serviço público prestado a população. Ao folhear os jornais do período escolhido foi possível perceber que problemas graves que clamamos solução hoje na década de vigência do regime era uma realidade e não havia políticas para serem combatidas. Li declarações (na época) de políticos que hoje ocupam espaço privilegiado em várias secretarias e ministérios, Dentre os casos registrados nos jornais da época temos a péssima qualidade do atendimento no principal hospital público e recém inaugurado (HR). Nas ruas do Recife dois problemas eram denunciados quase que diariamente: Presença da mendicância e excesso de lixo nas principais vias, claro, nos bairros da Zona Norte o impacto era bem maior.






 Julho de 1975





                Ao pensarmos a educação no período não será muita surpresa para mim, afinal, o estudo que realizo já consigo constatar que o descaso é muito anterior a presença dos militares no poder, porém, o trabalho desenvolvido pouco atendeu ao coletivo e em muito desvirtuou o principal papel do professor no processo educacional brasileiro. Durante leitura do jornal Diário da Noite ficaram constatadas: Violência contra o professor; deficiência no processo de ensino e principalmente indícios de desvio de recursos  direcionados à pasta.

11/06/1975 - DN

 29/09/1976

23/12/74 - DN

           Visando concluir a breve pesquisa que realizei, urge, que nossa sociedade aproveite esse período de discussão (50 anos do fato) para que analise  "essa outra violência" que foi imposta durante décadas. Que este texto seja apenas provocativo para que possamos  entender como a memória coletiva foi construída e reproduz até hoje que "naquela época era tudo bem melhor e funcionava de verdade".  
          Talvez você tenha estranhado o "aborrecente"! Veja que,  estávamos exatos no ano de 1975/6, portanto, o Regime já completara mais que uma década  e sua postura diante qualquer oposição era simplesmente de provocação.


Cícero Souza - Professor e pesquisador - Acervo DOPS/PE.

Fontes: Jornal Diário da Noite ( 1975/1976) - Hemeroteca do Arquivo Estadual.






segunda-feira, 31 de março de 2014

Rosas, feitiços, diálogos e lições!




                         Eu sinto o aroma da rosa que vive intensamente os seus dias finais neste formato e imagem que conhecemos por nome "rosa". Ela também sente meu perfume. E eu escutei a linguagem delicada da rosa. E ali, nós duas, trocamos alguns segredos sobre "modos de viver".  (Nyrluce Marilia).


                          Afinal, o que disse a rosa? Teria ela lamentado ter sido arrancada do jardim? Estaria certo o jardineiro acreditar que o fragmento compondo um buquê ser mais belo que um jardim com milhares de rosas?
                          Afinal, o que ouviu a rosa? Teria ouvido um muito agradecimento  por parte da apreciadora que proporcionara um último afago?
                         O que recebeu a rosa? O prazer de liberar seu aroma e encantar? Ou teria ela sido agraciada com o toque da bela e assim ficou comprovado que o fragmento realmente é mais intenso que a unicidade?
                        Você tocou a rosa? Esteve no jardim? conheceu o jardineiro?
                         A vida é mais enigmática do que imaginamos. Ela é magia, é feitiço ou mesmo melodia que mesmo compartilhada por mundos tão distantes tem o poder de desencadear sensações e percepções únicas.
                       Rosas, espelhos, (des) construção. E as rosas? O que ouviu da bela?

sexta-feira, 28 de março de 2014

É difícil acreditar?




                        Você acredita mesmo? O teu nome diz mais o que pensas; tua história é um impulso para outras história que parece não existir. 
                 Você acredita mesmo? Quando tudo parece parado que precisamos colocá-lo em movimento e apreciá-lo? O dia esta apenas começando e o que acreditamos se imutável ontem hoje já precisamos movê-lo.
                 Você acredita que teu sorriso tem muito mais sentido hoje?As pessoas que estão ao teu redor precisam de um sinal. Carecem de um ponto para ancorar suas naus, mesmo que guiadas por "loucos".
                 Você acredita no eterno retorno?Ainda bem!.
 Há um eterno retorno do amor ao próximo; das flores que renovam seus aromas; do casulo que ao proteger na verdade é visto com fragilidade.
                Talvez, quando ouvires a música abaixo veras que vale a pena um café quentinho, não pela fumaça, mas por perceberes que do outro lado você tenha um amigo e que também acredita no tempo!




quinta-feira, 27 de março de 2014

Confusa?


Que seja assim!
Que acorde e perceba o quanto o sol brilha, o vento sopra e quanto poderás ajudar ao próximo.
               Que permaneça assim!
Que o sorriso eternize momentos e diga mais que mil palavras.
                Que seja assim!
Que as descobertas existam, sejam respeitadas mas continuem a fascinar.
                Uma música, uma palavras, ideias, encontros e desencontros. Um anjo, um feitiço, conexões e compromissos.
               " Mesmo que não haja mais ninguém olhe para dentro de você mesma. Como seu mais antigo amigo confie na voz interior".
                Assim, jovem menina hoje encanta, fascina ou mesmo faz confundir! 
               Tuas certezas hoje não só se confundem, mas estão escodidas. Um sonho, um sorriso ou por trás dele..!

Cícero Souza


terça-feira, 25 de março de 2014

Enquanto houver sol - Titãs

           Talvez você saiba que pessoas estão neste exato momento sem ter o que comer.  Acredito que você sabe quanta injustiças ocorrem diariamente e o que você classifica de injusto seja para aquele que esta ao teu lado simplesmente vantagem. E o efeito bumerangue? E o acaso? Você acredita? Que tal não se frustar por não ter encontrado aqui um texto denunciando nossas injustiças diárias? Ou mesmo, você não deve ficar irritado por não gostar música abaixo. Porém, hoje prefiro entender que esta ruptura tem um motivo especial.
          Nada é por um mero acaso, você não está sozinho (a). Neste exato momento alguém estará fechando os olhos e como um feitiço  fará você ouvir esta música, te fará parar tudo e de outra maneira dirá como foi bom te encontrar. O amanhã? De qualquer forma já deixou uma certeza gostosa: rimos juntos, provocamos juntos e entendemos que carinho e respeito não estão em extinção. Principalmente.......



Quando não houver saída

Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança



Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol



Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde Deus colocou



Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol




domingo, 23 de março de 2014

Dia internacional do Direito à Verdade.

Dia Internacional do Direito à Verdade - 23/03/2014 - 20h 34'

              A ONU – Organização das Nações Unidas, tendo em vista a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e outros instrumentos internacionais de direitos humanos, proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional para o Direito à Verdade em relação às Graves Violações dos Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas.  A Resolução da ONU que criou o referido Dia convidou todos os Estados Membros e as organizações do sistema das Nações Unidas a observarem essa data. Pernambuco de pronto atendeu ao apelo da ONU, incluindo no seu Calendário Oficial de Eventos, o que fez pela Lei nº 14.790, de 8 de outubro de 2012. Esse Diploma legal estabelece que o dia 24 de março é dedicado à reflexão coletiva a respeito do conhecimento circunstanciado das situações em que tiverem ocorrido violações graves aos direitos humanos, seja para a reafirmação da dignidade humana das vítimas, seja para a superação dos estigmas sociais criados por tais violações.

              A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara não poderia deixar de dirigir aos pernambucanos uma palavra de estímulo à perseverança nos ideais de liberdade e democracia, de repúdio absoluto às graves violações de direitos humanos. Por força do que dispõe a Lei nº 14.688/2012, estamos investigando as violações ocorridas em Pernambuco de 1964 até 1985, e mesmo fora do Estado, desde que contra pernambucanos. O nosso objetivo é encontrar a verdade e dizer a verdade. Muitas pesquisas foram feitas até agora e muitas revelações foram repassadas às famílias dos mortos e dos desaparecidos, à sociedade em geral. Foram 21 anos de ditadura. Período infeliz de nossa história em que brasileiros, tão brasileiros como nós outros, em 1964, decidiram romper com a ordem constitucional no Brasil, depor o presidente da República, governadores de Estado, como o governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, cassar mandatos eletivos. 

              O fato é que muitos brasileiros sofreram durante esses anos, muitos foram torturados e mortos. Outros continuam desaparecidos, fazendo com que suas famílias sofram até hoje, e continuem dizendo, como Dona Elzita Santa Cruz “onde está o meu filho?”. A manutenção da memória e a busca incessante da verdade não é apenas um dever moral de todos nós, mas também um imperativo para o aperfeiçoarmos da democracia e da estabilização da vida política do nosso País e do nosso Estado, fomentando cada vez mais uma cultura de tolerância e uma convivência respeitosa entre pessoas que pensam diferente. Exaltar essa data é fortalecer, pois, a democracia, porque significa dizer que estamos vigilantes e prontos a defender todos os que tenham seus direitos de homem e de cidadão violados.

COMISSÃO ESTADUAL DA MEMÓRIA E VERDADE DOM HELDER CÂMARA

sexta-feira, 21 de março de 2014

Pagamos também pela sujeira?



        Você já parou para avaliar o nosso sistema de transporte público? Sabe como funciona a concessão? Quem fiscaliza? O que eu sei é que temos duas certezas: Pagamos caro e boa parte dos veículos estão cobertos de sujeira.
        Hoje, ao fazer uso do transporte coletivo, observei o ônibus que fazia a linha TIP/Boa Vista e confesso que já vi sujeira em outros veículos, inclusive liguei para a empresa comunicando, mas, o veículo de hoje passava do tolerável. Quer dizer, além do cidadão pagar uma passagem por um transporte deficitário ele ainda tem que reservar o dinheiro da consulta médica e do medicamento?
       Onde esta o "padrão FIFA" do nosso transporte? Afinal, a tal da concessão, quem libera meus e quais as regras?  Atenção CONSÓRCIO GRANDE RECIFE!





Minha Hemeroteca particular (temática - REPRESSÃO).















segunda-feira, 17 de março de 2014

Rocim ou Rocinante?

Muitas vezes acordamos e nos deparamos com pessoas que se fossemos associá-las as mais expressivas produções da nossa literatura poderíamos denominá-las de um ser com a capacidade  ROCINANTE. Mas, porquê?
      Não é fácil você esta sempre se perguntando, apresentando respostas, analisar o outro e deixar ser analisado. Como também, construir um mundo fantástico dentro de uma realidade que mais prevalece o caos.
     Se, ser um "Rocinante" já é demais, por que não começar sendo um simples Rocim? aceitando os limites, aprendendo com acertos e também com os erros (seus e dos outros). Não é simples buscar uma resposta; porém, para muitos mais complexo ainda é construir um questionamento.
     Quem é você? Onde pretende chegar? O que produziu até agora?.
      O dia é isso! Há sempre espaço para novas descobertas, novas pessoas e novas dúvidas.
      O espelho é o que você consegue não apenas refletir, mas também, o espelho é o que o outro acaba por descobrir sobre você; mesmo que o reflexo do raiar ao termina o dia deixe aquele espelho embaçado.
     Complexa nossa comunicação? Talvez seja o nossa leitura "Rocim".




http://caneteando.blogspot.com.br/2010/09/dom-quixote-de-la-mancha-seu-lindo.html



Miguel de Cervantes Saavedra foi um importante poeta, dramaturgo e novelista espanhol. Nasceu em 29 de setembro de 1547 (data suposta) na cidade espanhola de Alcalá de Henares. A sua obra-prima, Dom Quixote de La Mancha, muitas vezes considerado o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerado um dos melhores romances já escritos. Seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura. A sua influência sobre a língua castelhana tem sido tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).
Cervantes morreu na cidade de Madri, em 22 de abril de 1616. Considerado um dos maiores escritores da literatura espanhola, destacou-se pela novela, mundialmente conhecida, Dom Quixote de La Mancha.


http://www.psicoloucos.com/Resenhas-e-Resumos/dom-quixote-de-la-mancha-miguel-de-cervantes.html.

3º dia Paralisação Nacional dos professores da Rede Pública: Conheça a história real.


                    Termina hoje a paralisação nacional deflagrada na Rede de ensino pública ( 19/03), todas unidades pública de ensino estiveram exatamente como a maioria encontra-se, "abandonada"; ou seja sem a presença dos seus efetivos professores; digo efetivos por que, algumas continuaram funcionando precariamente ainda devido aos milhares de estagiários que recebem salários irrisórios para preencher um espaço já caótico. Também, ao ler os jornais, você nada encontrou de matéria relevante, afinal, qual importância há que os professores lutam a décadas por um valorizar que chega quase em "contra-gotas?
                 Por parte do governo a sociedade  não teve e não terá explicações, afinal, quase todos os alunos receberam tablets, material, merenda e até estão sendo enviados para fazerem intercâmbio. Por outra, nossos gestores se manterão em pleno silêncio, uma vez que, não conseguem explicar os altos índices de analfabetos funcionais, o processo de maquiagem que alguns estabelecimentos de ensino recebem enquanto outros nem água dispõem. Na verdade, hoje o governo do estado mostrou-se presente sim, nos principais jornais locais foram impressos dois cadernos prestando conta (campanha mesmo) o quanto Pernambuco avançou.
               Encontrar uma justificativa aceitável para paralisação que tem início esta semana não parece difícil, principalmente se buscarmos estudos acadêmicos, livros publicados e congressos veremos que, desde início do século XIX a nossa imprensa registra mobilizações dos professores por melhorias que ainda hoje e não foram devidamente atendidas por aqueles que deveriam gestar nosso Sistema educacional.
                     Inicialmente, selecionei o artigo publicado na Revista da faculdade de Letras / Portugal, estudo onde as autoras conseguem ainda em 2005 apresentar o nível de visibilidade que o professor estaria enfrentando não só naquele ano como nos dias atuais.  Em seguida resgatei para estudo trechos da dissertação do Daniel Cavalcanti (UFMG - 2011) e aproveitei apenas para destacar alguns trechos bastantes atuais e que respondem de forma mais clara o descaso com o ensino brasileiro que ocorria ainda no período Imperial e não solucionada nos dias atuais.
            Por fim caros colegas e também professores, tomei a liberdade de colocar apenas como provocação um carta publicada ainda este mês no jornal Diário de Pernambuco e que, guardando a devida dimensão sintetiza o elo histórico que marca o descaso ao ensino público brasileiro. Portanto, antes de ficar irritado por não ter onde deixar seu filho, por não ter para onde ir no dia de hoje, por acreditar que os nosso governantes já fizeram demais, pare e veja o que realmente falta e desde de quando a sociedade clama por uma POLÍTICA EDUCACIONAL  séria e efetiva.  A atual paralisação nacional não é um dia para ficarmos desmobilizados. Hoje é o dia em que Sociedade Civil e todos que zelam por uma educação séria e de qualidade exija com mais força do nosso governador, da presidenta que façam valer direitos e destinação dos recursos (que por sinal só faz crescer) de uma forma planejada e não visando apenas projetos eleitoreiros.


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"Em seu primeiro relatório, o inspetor da instrução Eusébio de Queiroz afirmou ser fora de dúvida que o aperfeiçoamento da instrução pública dependia em grande parte da “inspeção intelligente, regular e activa dos seus diversos estabelecimentos”.  Eusébio alegava que os professores poderiam “deixar-se dominar pelo espírito de rotina e pela indolência” quando estivessem longe da “ação da autoridade superior”. Diante de tais observações, Eusébio defende a presença de autoridades que, ao exercerem “uma inspecção immediata sobre o ensino, animem o professor na árdua tarefa a que se dedicou, o aconselhem, o guiem, e o advirtão para que se não desviem do caminho que lhes dicta o dever” (p.3). Em relatório posterior, relativo ao ano de 1857, ao reivindicar o auxílio dos párocos na inspeção das escolas, o inspetor reitera a necessidade do professor sentir-se sob vigilância".                                                                     P.49.

O ministro segue em seu relatório ressaltando a importância do ensino obrigatório, alertando que ele só será realidade quando for possível enviar os filhos às escolas: “quando existão effectivamente em lugares, onde possão commodamente ser freqüentadas” (ibidem). O relatório trazia, assim, junto com a falta de escolas, um outro problema: a falta de prédios apropriados para receber essas escolas.         P.63


Muitas vezes os professores submetidos a espaços inapropriados pediam a transferência do local da escola, utilizando argumentos higiênicos, como no caso do professor da 2a cadeira da Freguesia da Lagoa, que solicitava a mudança da escola, pois, segundo o
professor, a casa que a escola ocupava era úmida e tinha sido prejudicial à sua saúde e à de sua família; isso, inclusive, o impediu de dar aulas, pois, devido às condições insalubres da escola, o professor fora acometido por febres que o levaram à cama.

Nesse caso, o ministro se refere à escola construída na Freguesia da Glória. Contudo, essa iniciativa não é unanimidade entre os professores, que sempre pediram a construção de espaços apropriados, mas que viam, nessas construções da década de 1870, a construção de verdadeiros Palácios, enquanto o professor era deixado na miséria.


Estas eram duas questões que estiveram nos debates do início da década de 1870, a questão salarial e a crítica à construção dos modernos edifícios escolares, os “palácios”, como foram conhecidos na época que tiveram suas construções financiadas com fundos do Governo Imperial, da Câmara Municipal e de Associações Promotoras do Ensino e de Beneficência.                    P.75


O ataque aos professores e à sua capacidade era usado para mascarar toda uma série de falhas estruturais na educação e no funcionamento do Estado. Respondendo a esses ataques do Ministro dos Negócios do Império, alguns professores primários reuniram-se na Corte e redigiram um Manifesto ao Imperador e ao Ministro João Alfredo. O relator desse manifesto era ninguém menos que o professor Frazão. Nesse manifesto, os professores reclamavam da situação de penúria a que estavam submetidos, comparando seu estado com o dos escravos, e levando à dedução de que o governo seria o “grande feitor”.

P.111


LEMOS, Daniel Cavalcanti. Professores em movimento: A Emergência do associativismo docente na Corte Imperial Tese doutorado UFMG – 2011.


Os professores formam um cluster profissional que deixou de usufruir de uma reputação social elevada (ainda que se reconheça, globalmente a importância da missão que desempenha)  pelo que, como a imagem social interfere na escolha da profissão, se assiste nesse momento a um processo de inferiorização do professorado". 
                                                                          
                                                                                        Rosa Bizarro e Fátima Braga. Revista da Faculdade de Letras, Porto. 2005












































DP -06/03/2014 - B4