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domingo, 27 de outubro de 2024

Cuidamos pouco dos nossos professores.

 "Os casos de violência têm crescido dentro do ambiente escolar. No Tocantins, entre janeiro e 23 de agosto, foram registrados 30 boletins de ocorrência por lesão corporal e 76 denúncias por ameaças dentro de escolas. Os números são muito superiores ao ano passado, quando o ensino ainda era realizado no formato híbrido."

(Site G1 - 17/12/2022)

"Excesso de carga horária, sala de aula lotada, dupla jornada para obter ganhos melhores, indisciplina generalizada. São desafios que o professor do Brasil precisa enfrentar para cumprir com a missão de ensinar. outro problema é que tem que atender turmas de 37 alunos em média, um dos maiores do mundo e o País 27, entre 60 analisados numa pesquisa."

(Noticiário. com.br - 17/12/2022)

    Você trabalha diretamente com atendimento ao público? Quais as condições de trabalho e a pressão que recebe? Você acaba ao final de expediente ainda levando atividades de trabalho para casa? Cuidado, algo muito grave poderá acontecer!

    Pois bem: final de ano letivo, pais estão preocupados com aprovação dos filhos, notas, material escolar para 2025 e também até mesmo reclamando da "lentidão" daquele professor na correção de provas em passar logo o resultado.  Assim, vou agora compartilhar com você um pouco sobre  uma tragédia que atinge centenas de professores todos os anos mas pouco paramos para analisar. A leitura de hoje possibilitará você conhecer um pouco mais sobre as condições de trabalho de profissionais do ensino lá do Japão mas bem refletir a situação atualmente vivenciada aqui no Brasil também. 

    Desta forma, segue para sua apreciação o artigo (Professores se rebelam contra "trabalho sem limites").  Leia o texto completo e confira o (Jornal Correio Braziliense - Agência France Press). 

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"Um estudo da OCDE em 2018 revelou que um professor de Ensino Médio no Japão trabalha 56 horas por semana contra uma média de 38 horas na maioria dos países desenvolvidos."

"Em uma das últimas anotações de seu diário, o professor japonês Yoshio Kudo lamentava os dias de trabalho que começavam cedo e podiam durar até quase meia-noite. Dois meses depois, ele sofreu um "karoshi", uma morte por excesso de trabalho."

"Uma investigação do jornal Mainichi de 2016 indicou que, na última década, 63 mortes de professores foram classificadas como devido ao excesso de trabalho."

(Correio Braziliense -17/12/2022)

Para assistir:

Reflexões sobre o sistema de Educação e trabalho - acesso: 17/12/2022

  Assédio moral: o que é  e o que fazer?- acesso: 17/12/2022

O que é Síndrome de Bornout- acesso: 17/12/2022

Fontes para você consultar:

1 - O adoecimento do professor da Educação Básica no Brasil: apontamento das últimas décadas de pesquisa.  acesso: 17/12/2022

2- Excesso de trabalho  empurra professores ao estresse. 

3- Violência nas escolas: Ela reproduz as loucuras da nossa sociedade. - acesso: 17/12/2022

4- Violência nas escolas cresce e especialista alerta para reflexo da pandemia -acesso: 17/12/2022


Cícero Souza

Pesquisador 
Professor
Gestor Escolar
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciências da Educação (Lisboa/PT)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ AR)
Doutor Ciências da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS / Assunção - PAR)



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