Fonte: Google imagem
Eu estava fraca demais até para respirar”, conta. “Fui até a minha coordenadora, expliquei a situação, e disse que não estava em condições para dar aula. Ela me respondeu com um comentário irônico, perguntando se estava grávida. Eu me senti desrespeitada e não pude sair da escola”, relembra."
(Jornal Correio Braziliense - 27/08/2023)
Bom dia!
iniciamos o dia de hoje trazendo uma reflexão para questão que atinge milhares de pessoas (no campo de trabalho, na escola ou mesmo em casa) e de alguma forma milhares de famílias. Que tal ler está matéria, compartilhar e também evitar "ser testemunha, vítima ou cúmplice" desse mal?
Assim, leia os fragmentos abaixo, acesse o link https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2023/08/5115841-sindrome-de-burnout-epidemia-silenciosa.html (Síndrome de Burnout: saiba como identificar sintomas e buscar ajuda publicada no Jornal Correio Braziliense e leia a matéria completa.
Boa leitura!
__________________________
"A Síndrome de Burnout foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde, e é caracterizada pelo esgotamento por excesso de trabalho. Levantamento internacional mostra que ela afeta cerca de 64,3 milhões de brasileiros. Especialistas explicam os direitos dos profissionais e como se proteger do desgaste que pode levar a quadros de ansiedade e de depressão." (crédito: Maurenilson Freire - Jornal Correio Braziliense)
Em um tempo marcado pelo ritmo frenético, conectividade constante e pressões crescentes, o esgotamento profissional, também chamado de “burnout”, tem se tornado uma epidemia silenciosa. Exaustão extrema, estresse, esgotamento físico, despersonalização, gastrite e enxaqueca são apenas alguns dos muitos sintomas da Síndrome de Burnout
“O empregador pode ser responsabilizado por danos morais e materiais se for comprovado que sua negligência contribuiu para o burnout do empregado"
Também conhecida por Síndrome do Esgotamento Profissional, foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em janeiro de 2022 e, em maio de 2023, um levantamento realizado pela International Stress Management Association (Isma) revelou que a doença afeta cerca de 64,3 milhões de brasileiros, elevando o Brasil ao 2º lugar em número de casos diagnosticados.
Causada justamente pelo excesso de trabalho, a Síndrome de Burnout não é simplesmente cansaço após um longo dia ou semana, é um fenômeno complexo e profundo que atinge profissionais de todas as idades, setores e níveis hierárquicos. Juliana Gebrim, psicóloga e neuropsicóloga, destaca que o burnout exige abordagem mais abrangente, pois envolve uma perda de conexão com o trabalho. “O burnout vai além da fadiga comum. Ele causa uma sensação de desesperança geral, que afeta motivação, engajamento e satisfação no trabalho”, explica.
“Senti meu olho arder, fui dormir e, no outro dia, notei a paralisia do lado esquerdo”, diz. Depois de procurar atendimento médico, recebeu atestado de 10 dias, e relata ter se deparado com um ambiente de trabalho ainda mais hostil ao voltar."
Juliana alerta para a responsabilidade da empresa em minimizar o risco e os efeitos do burnout. “A empresa deve criar um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar dos funcionários e avaliar regularmente a carga de trabalho deles, garantindo que esteja equilibrada e realista, e fornecer suporte adicional quando necessário”, explica.
Essa não foi a realidade do diretor audiovisual e produtor de vídeo Kalleu Chaves. Aos 33 anos, ele teve metade do rosto paralisado devido ao estresse do trabalho na área de marketing de uma empresa. “Eu fazia o trabalho de umas 10 pessoas e não tinha direito nem a vale-alimentação”, relembra o profissional. “Eu trabalhava há poucos meses na empresa e estava absurdamente sobrecarregado”, conta. Em uma determinada noite, ao fazer em casa as demandas do trabalho, o corpo de Kalleu entrou em colapso. “Senti meu olho arder, fui dormir e, no outro dia, notei a paralisia do lado esquerdo”, diz. Depois de procurar atendimento médico, recebeu atestado de 10 dias, e relata ter se deparado com um ambiente de trabalho ainda mais hostil ao voltar. “Meu colega não aguentou e pediu para sair. Então, tive de fazer a parte dele. Voltei com o rosto paralisado e assim fiquei por 3 meses. Foi humilhante”, afirma. “Eu tinha que segurar minha boca para beber água e comer e, nesse meio tempo, foi como se nada tivesse acontecido para a empresa.”
O advogado Fernando Paiva, especialista em direito do trabalho, aponta que é direito do trabalhador ter acesso a um ambiente corporativo seguro. “Os empregadores têm o dever legal de fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável. Aos empregadores que não cumprirem com suas obrigações legais em fornecer ambiente e condições saudáveis de trabalho aos seus empregados, Fernando explica as consequências legais: “O empregador pode ser responsabilizado por danos morais e materiais se for comprovado que sua negligência contribuiu para o burnout do empregado. Isso pode resultar em indenizações; e os órgãos de fiscalização do trabalho podem impor multas ao empregador por não cumprir as regulamentações de saúde e segurança no trabalho”.
Fontes:
Síndrome de Burnout: saiba como identificar sintomas e buscar ajuda
https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2023/08/5115841-sindrome-de-burnout-epidemia-silenciosa.html - acesso: 27/08/2023
Síndrome de Burnout:: entenda o que é, seus sintomas e tratamentos.
https://www.youtube.com/watch?v=em1H0chNXP0
Izabella Camargo explica a Síndrome de Burnout.
Cícero Souza
Pesquisador
Professor ETE - Ginásio Pernambucano
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciência da Educação (Universidade Lusófona Humanidades Tecnologia -ULHT- Lisboa/Portugal)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ Argentina)
Doutor Ciência da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS / Assunção - Paraguai)
Nenhum comentário:
Postar um comentário