(Google imagem)
" Peguemos toda nossas coisas e fumo pro meio da rua apreciar a demolição. Que tristeza que eu sentia cada tábua que caia".
(Adoniran Barbosa - Saudosa Maloca)
Na última semana fomos atingidos por mais uma "tragédia anunciada" na Região Metropolitana do Recife.Você acompanhou? Ah, se foram as fortes chuvas? Não exatamente.
Mas, é bem sabido que todo período de chuvas as ruas ficam caóticas para o transitar da população, que nas periferias as moradias sofrem ameaças devido deslisamentos de barreiras. No entanto, foi o desabamento de uma prédio "habitação popular" que vitimou 14 pessoas reacendeu mais uma vez a questão das antigas construções ainda existentes e conhecidas por "prédio-caixão"; o papel dos gestores públicas na fiscalização e interdição de unidades sob risco de desabamento mas, principalmente, quais medidas enquanto Política habitacional voltada as populações mais vuneráveis que mais uma vez ocupam páginas dos jornais, sites e mídias internacionais.
Temos na nossa literatura (Aluísio Azevedo), na música (Adoniran Barbosa) e nos estudos gerados no campo acadêmico a reflexão de um tema que não pode e não deve ser deixado para depois, afinal, não sabemos se a cada aumento pluviométrico registrado pelos órgãos do Governo haverá um "novo amanhã" para parcela da população pernambucana.
Assim, leia os fragmentos abaixo, acesse o link https://www.em.com.br/app/noticia/nacioenal/2023/07/07/interna_nacional,1517537/predios-caixao-por-que-tantos-edificios-desabam-no-grande-recife.shtml- (Prédio-caixão: Por que tantos edifícios desabam no Grande Recife) publicada no portal do Jornal Estado de Minas e leia a matéria completa. Veja também as indicações de leitura e vídeos para ampliar conhecimentos.
-----------------------------------------------------------------
"Em menos de três meses, dois prédios desabaram no Grande Recife, em Pernambuco. Segundo a Prefeitura, "o imóvel estava interditado desde 2010 e foi reocupado por grupos sem-teto. Em abril, um prédio desabou na cidade vizinha de Olinda/PE deixando 6 pessoas mortas.
Há muito em comum entre as duas tragédias: Os dois prédios eram tipo "caixão" e estavam interditados por risco de desabamento. Em ambos foram ocupados por pessoas que, sem ter onde morar viviam sob riscos contante.
Por que "caixão"? - O termo "caixão" é uma referência ao formato desses edifícios, segundo o engenheiro Carlos Pires, gerente do Laboratório de Tecnologia Habitacional de Tecnologia de Pernambuco (ITEP).
Começou e fim de um "padrão": Na região Metropolitana do Recife, esse estilo de edificação começou a ser bastante popular a partir da década de 1970, devido à redução de tempo e custo para a construção. Nos anos 1990, começaram a ruir os primeiros edifícios. Ao menos 17 já desabaram, segundo o engenheiro Welligton Pires, que monitora a situação há décadas.
O que diz o poder público? - A Prefeitura do Paulista informou que, de março a junho deste ano, foi a 32 locais no bairro do Janga fazer fiscalização de edifícios do tipo "caixão". Disse ainda que não tem autorização para expulsar as pessoas dos prédios e que um relatório foi enviado ao MP-PE para que a Justiça tome medidas cabíveis, como demolição."
Para ouvir:
Para assistir:
Cícero Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário