Ministro, que chegou a dizer que objetivo da prova não era"corrigir injustiças”, postergou por 30 a 60 dias o exame. Alunos relatam dificuldades para estudar em meio à crise provocada pela covid-19.
FELIPE BETIM.
Camilly Maia vive em Porto Velho e, por não ter computador, precisa acompanhar as aulas do colégio pelo celular para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Alice Ramoa, do Recife, viu a velocidade da internet diminuir porque seu pai ficou desempregado durante a pandemia de coronavírus e não pôde pagar a última mensalidade. “Já estava difícil estudar porque os livros deste ano vieram sem os principais conteúdos que caem na prova. Agora o Governo quer que sejamos autodidatas". Kayllane Victoria da Silva, da região metropolitana de São Paulo, passou a ter que cuidar da irmã de dois anos que ficou sem creche durante a quarentena. Kauani Beatriz, que não tem computador, divide a casa com seus pais e mais cinco irmãos e não consegue se concentrar direito nos estudos. Já Layane Souza mora em Belford Roxo, a região metropolitana do Rio de Janeiro, conta com uma estrutura de estudo melhor, mas vive as mazelas de morar em uma área de risco. “A qualquer momento o tiroteio pode estourar.”
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-05-20/governo-adia-enem-apos-pressao-que-trouxe-a-tona-o-fosso-entre-ensino-publico-e-privado.html - acesso: 21/05/2020
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