Em meio à pandemia, Bolsonaro acelera medidas para beneficiar desmatador, armamentista e evangélicos
Entre abril e maio presidente assina portaria que relaxa fiscalização e compra de munições e aciona Receita para que igrejas deixem de pagar dívidas com a União. Governo exonera servidores do Ibama
"Já a educação sofreu seu mais recente retrocesso em 30 de abril, com a exclusão de cursos de ciências humanas do edital de 25.000 bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, deixando de fora milhares de estudantes de filosofia, economia, ciências sociais, geografia entre outros. De acordo com o órgão, a nova diretriz busca priorizar áreas do conhecimento mais voltadas para tecnologia, um antigo desenho do presidente e de seus ministros da Educação e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que sempre defenderam pesquisas mais “práticas” e com retorno e aplicação imediatos. A repercussão da medida fez com que o Governo recuasse parcialmente, e permitisse bolsas para ciências humanas desde que “para o desenvolvimento das áreas de tecnologias”. De quebra Bolsonaro demitiu em 17 de abril João Luiz Filgueiras de Azevedo, que comandava o CNPq e lutava contra o esvaziamento da entidade e pleiteava mais verbas.
Em nota conjunta, mais de 70 entidades ligadas ao ensino e à pesquisa —dentre elas a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências— criticaram a decisão do Governo, alegando que ela fará com que “esses jovens sejam levados a desistir de certos temas de pesquisa porque eles não estão vinculados diretamente às áreas de tecnologias prioritárias ainda no início da carreira”."
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