estatística - ficha

domingo, 26 de janeiro de 2014

Eles fizeram muito pelo DOPS.

         Quase que diariamente ouvimos críticas quanto a postura dos jovens, seja na esfera social ou mesmo no mercado de trabalho. Por vários anos convivo quase que diariamente com um geração na qual aprendo a cada dia. Mesmo antes de atuar na área de ensino tive a oportunidade de coordenar profissionais  bem mais jovens dos que eu e o final a satisfação foi surpreendente. Não que tenha sido "um sonho", tivemos divergências mas ao mesmo tempo aprendemos juntos, tendo hoje alguns deles na minha relação de bons amigos.
         No APEJE não foi diferente, encontrei uma equipe de jovens e bem profissionais (certo que tivemos contratempos iniciais que foram posteriormente postos nos eixos) que deixaram uma enorme contribuição para a sociedade pernambucana e para o trabalho que tomei por desafio (organizar o setor DOPS para demanda que viria surgir).               Hoje tenho plena certeza que as medidas adotadas pelo poder público visando inserir mais jovens no mercado só surtirão os devidos resultados quando duas questões forem focadas: Primeiro, faz-se necessário que esses jovens realmente estejam dispostos a trabalhar e também apreender. Um segundo aspecto, que haja por parte daqueles que estarão responsáveis por monitorar o desempenho dos estagiários orientá-los cada momento, não ficando restrito apenas a uma única atividade ou atuar apenas "mandando", deve sim, visando contribuir para o crescimento profissional do estagiário ou bolsista saber ouvi-lo e quando positivas aplicar as ideias apresentadas.
      Não foi diferente com os jovens abaixo, cada um com suas características mas acima de tudo  ávidos ao debate e dispostos a deixarem suas marcas. Se atingi entre os anos de 2012/2014 números tão precisos como os apresentados abaixo, devo sim agradecer ao profissionalismo do Lindembergue, Marcela, Hélder e Helisâgela.

      

 ·       Durante os anos anterior a minha chegada ao setor: (2007) – 82; (2008) 97; (2009) – 46; (2010)- 45; (2011) –  90 atendimentos (contando com a média de 4 pessoas atuando no apoio).

         Minha chegada ao setor: (2012) – 174 atendimentos; (2013) – 430 atendimentos.


·     Um comparativo entre o ano de 2011 com o período de 2012 tivemos um aumento de 93% no fluxo de atendimento. Já de 2012 para 2013 tivemos um aumento de 148% no atendimento ao pesquisador.
              Nos dois anos no setor, verifiquei conteúdo de 3.809 prontuários (só citando os funcionais), o que corresponde a um total de 95.225 documentos analisados (e dezenas inseridos no sistema para o pesquisador).



      
Forte abraço!.
       

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DOPS: Quando precisar encontrá um apoio.


           Realmente, nem pretendia postar algum comentário mais específico até o momento, primeiro pelo fato que nem ao menos em 2012 havia publicado algo específico, como também pelo fato que a minha posição (Chefe) era muito mais "simbólica" e nominada pelos meus colegas e pequisadores que compareciam ao Setor do acervo DOPS/APEJE na rua Imperial. No entanto, foram tantos os e-mails (com perguntas e palavras de carinho) que me sinto na obrigação de apresentar um breve comentário.
          Todos nós sabemos a atual conjuntura política que vivemos, como também é sabido por todos que uma empresa precisa "oxigenar-se" para continuar a produzir resultados de qualidade; assim, não é diferente na esfera pública. No último dia 21/01/2014 recebi a comunicação por parte do coordenador do APEJE que não ficaria mais com a responsabilidade de "responder" pelo ACERVO DOPS, decisão que infelizmente acabou sem o meu conhecimento chegando as redes sociais; digo infelizmente, pelo fato que ainda não havia construído o caminho para responder as palavras de carinho e dúvidas que surgiriam, mas, divulgada a notícia (quase ao mesmo tempo que conversava com o coordenador) recebia ligações querendo saber o que houve.
        Vamos  por parte. Primeiro, as mudanças são necessárias em qualquer momento da vida e o fato de você ser deslocado de seu papel não desqualifica seu trabalho, afinal, não é a própria pessoa que defini a importância do seu trabalho, podemos dizer que são os números (visão mais exata) ou mesmo o sorriso, abraços e carinho permanente. Minha saída da atuação no acervo DOPS/APEJE é a prova que um "modelo de trabalho foi implantado", deu certo e precisamos que novas ideias surjam  por aquele (a) que venha ocupar o espaço.
         Em números, o que posso dizer é que no período que atuei "gestando" o Setor DOPS seguintes dados comparativos:


 ·    Durante os anos: (2007) – 82; (2008) 97; (2009) – 46; (2010)- 45; (2011) –  90 atendimentos (contando com a média de 4 pessoas atuando no apoio).

Minha chegada ao setor: (2012) – 174 atendimentos; (2013) – 430 atendimentos.

·        Comparando 2011 com o período de 2012 tivemos um aumento de 93% no fluxo de atendimento. Já de 2012 para 2013 tivemos um aumento de 148% no atendimento ao pesquisador.
              Nos dois anos no setor, verifiquei conteúdo de 3.809 prontuários (só citando os funcionais), o que corresponde a um total de 95.225 documentos analisados (e dezenas inseridos no sistema para o pesquisador).




          Por outros meios, acredito que pelos abraços recebidos durante a chegada dos pesquisadores ao setor (Brasil e do exterior), sorrisos, elogios, a organização, higiene e presteza no atendimento oferecido diariamente.
        Sem dúvida muito foi feito e não foi mérito exclusivamente meu, quero aqui ressaltar os verdadeiros autores que fizeram o serviço no setor chegar onde chegou e atender a demanda.                       Vários bolsistas e estagiários tive o prazer de compartilhar o exaustivo trabalho no dia-dia, seja carregando caixas, limpando, lendo documentos e indexando corretamente. Assim que cheguei ao setor encontrei a presteza (apesar da pouca credibilidade que tinham ainda sobre minha capacidade profissional) da Elisângela, Marcela e dos também competentes Hélder e Lindembergue; como disse até para eles mesmos, cada um com suas características próprias mas essenciais e meus primeiros "professores" para que entendesse na prática o que era aquele acervo DOPS (principalmente para sociedade). Realmente, aprendi muito com eles e não tenho como deixar de agradecer.
           Uma outra pessoa que chegou (passando) e hoje posso considerar um "embaixador" do acervo junto a sociedade é o jornalista Tércio Amaral, não apenas por aproximar a sociedade ao Arquivo Estadual através das suas matérias no Diario de Pernambuco, mas porque, ele consegue ter a sensibilidade necessária ao buscar a informação junto ao acervo e passa para sua matéria algo mais que uma simples informação. Não que os demais jornalistas que comparecem ao setor não mereçam (eles teem o meu carinho) mas o Tércio tem algo que "mágico" ao explora cada documento naquele setor.
       Aos vários componentes da Comissão Estadual Memória de Verdade Dom Helder Câmara  tenho que tecer um breve comentário. Ao Rafael Leite, Jaqueline Araújo, Vera Acioli, Valéria Santos, Manoel Morais, Zélia e ao Emanuel agradeço pela paciência e respostas rápidas quando solicitadas. Aos doutores Fernando Coelho e Henrique Mariano pela humildade em partilhar o sucesso dos trabalhos da Comissão ao Setor DOPS (posição várias vezes levada a público durante audiências ou entrevistas).
     Voltando ao APEJE, claro que inúmeros colegas contribuíram, no entanto, a então Chefe do Permanente Sandra Verissimo devo creditar o que é hoje o espaço de trabalho e pesquisa. Primeiro por acreditar que eu seria capaz  (com os bolsistas ) de organizar um setor que merecia atenção urgente, segundo, por até mesmo nos momentos em que divergíamos ela sabia ter a paciência e mostrar que liderar uma equipe é necessário saber ouvir. Aprendi com ela um pouco mais; crescemos aos respeitarmos e não permitirmos que a relação de amizade construída interferisse na relação profissional. Hoje posso dizer que encontrei mais uma pessoa que posso tirar lições e aplicar na minha vida profissional (competência quando pensa e divide ideias ou mesma ouve o que outro tem a dizer).
        Por fim (para não ficar cansativa a nossa conversa), agradeci e agradeço ao Coordenador do APEJE pela também confiança ao permitir que pudéssemos aplicar ideias e oferecer um melhor serviço a sociedade.
      Pois bem, o que fica é que nunca fui "Chefe do DOPS" (foram vocês que criaram a ideia), o que fui e continuarei no setor sendo é uma pessoa disposta a trabalhar sério e abraçar carinhosamente cada pesquisador que chega a procura seja de uma simples informação ou mesmo daquele acervo que resultará na publicação de mais um magnifico livro. A partir dos e-mails recebidos apenas tive a comprovação do respeito que tenho de cada um, um carinho recíproco e certo de que continuará sendo correspondido sempre que nos encontrarmos seja durante suas visitas ao setor (estarei esperando para aquele abraço fraterno) ou mesmo nos demais eventos que surgirão.
      Meu muito obrigado e espero ter respondido ao que tanto insistiam!

Cícero Souza .
         






quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Jovens professores sem apoio no País


De imediato  poderia fazer uso de vários argumentos para reforçar a veracidade da matéria abaixo, poderia também fazer uma auto-critica e lançar todas as minhas frustrações sobre você leitor; Jamais farei !.
       Sou professor, ao longo de todos os meus anos de docência não vou dizer que foi fácil, mas de imediato posso dizer que é muito prazeroso. Não é novidade para mim que não somos valorizados, afinal, procure ler um pouco e verás na literatura inúmeras obras  que apresentam o "caos" em que nossa educação esta mergulhado; Se desejar aprofundar um pouco, vai verificar que a própria Academia anualmente tem teses e dissertações em que a tônica do debate é a educação pública.
     António Nóvoa (Profissão professor); Edilson Fernandes (História e memória da Educação em Pernambuco); Paula Perin Vicentini (História da profissão docente no Brasil: representação em disputa) são apenas algumas publicações que resgatam a historiagrafia da nossa educação (em especial do professor).
       Mas, voltando a minha experiência (pouca ainda) confesso que amo o que faço, afinal, enfrentei um vestibular disputado e prestei concurso acreditando que poderia fazer a diferença. Digo para vocês, já vi alunos perderem o horário da aula, perderem o dia de aula, perderem semanas e também perderem a vida. Já vi aluno trocarem agressões (verbais e físicas), presenciei agredirem professores, roubar objetos no interior da escola e no final ainda tinham apoio dos seu pais. Confesso que "lutei por eles", não escolhi apenas aqueles "amáveis"; perdi, mas confesso que tentei.
      Mas quero aqui deixar a informação das conquistas que obtive junto ao meu trabalho em sala de aula. Durante todo meu trabalho (Projetos didáticos, debates, viagens) eu conquistei mais do que um salário, recebo quase sempre mensagens, encontro alunos no dia-dia e sei que fiz o meu melhor. Vários estão em seus empregos (estáveis ou não), outros já na universidade (cursando o que sempre sonharam e que talvez apenas naquela aula de História ou de Filosofia ainda fazia sentido). Encontro alunos que teriam tudo para "darem errado" mas por um simples gesto durante uma aula perceberam que poderiam também fazer a diferença. Sei que gestores públicos pouco acreditam e valorizam o trabalho de um professor, sei também que para muitos proprietários de escolas vale mais o "pagamento da mensalidade" do que a (re) construção do ser cidadão, no entanto, não quero que veja o ser professor como um "sacerdócio", quero que busque sim valorização e tenha o retorno que merece, mas por outro lado, pense bem, pouco será valioso se você não tiver amor ao ato de lecionar. Ser professor é sentir prazer maior nas conquistas do discente.
      Agora quanto escolher a carreira que deverá seguir? Conheça a dinâmica de cada profissão; Converse com profissionais que atuam na área (jovens e os mais experientes); Avalie o salário, a jornada de trabalho e veja que perfil de profissional você melhor se enquadra. O resultado? Um belo sorriso ou uma bela matéria no jornal da cidade daquele ex. aluno que um dia você ofereceu um minuto do seu trabalho honesto e competente. 
    Não sou o único, há milhares de professores que buscam a valorização do seu trabalho mas que não abrem mão de uma postura competente.

Forte abraço aos antigos, atuais e futuros professores!

Cícero Souza - Professor da SEE  / Responsável setorial DOPS/APEJE e pesquisador  (Repressão ao sindicalismo docente) - ULHT- Portugal.
      







sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Compromisso com o pesquisador (a).



         2013 passou mas deixou realmente saudades. Foram 365 pensando em vocês, pesquisando também com vocês e principalmente apreendendo. Venho agradecer a todos aqueles que compareceram ao APEJE, acreditaram no trabalho e organização que estamos desenvolvendo diariamente e depositaram acima de tudo seu carinho e respeito. Choramos juntos ao encontrarmos aquela informação que mudaria um história manchada injustamente por décadas; sorrimos pós-conclusão do TCC ou mesmo ao findar a produção de um livro que durou anos de pesquisas no acervo da DOPS/APEJE. 
            Vocês foram e continuaram sendo especiais. Muito obrigado pelo respeito e por várias vezes dividirem o seu sucesso comigo, seja através de uma dedicatória ou até mesmo simbolizado naquele forte abraço que acabamos por trocar cada vez que você (pesquisador) ultrapassa aquela porta e aquela grade que separa "dois mundos". Contem sempre conosco na  sua caminhada!


Cícero Souza e equipe DOPS/APEJE.