"Não há um momento em Adolescência, a série inglesa em quatro episódios que a Netflix colocou no ar no último dia 13 de março, que não seja perturbador."
Ele é mais que pertubador! Machuca, muitas vezes é silencioso e quando vem é destruidor. Assim, hoje compartilho uma bela matéria publicada no Jornal Correio Braziliense (autoria da jornalista Nahima Maciel) em que levanta uma importante questão quanto a uma necessidade de se debater e por um ponto final a prática do bullying (principalmente no espaço escolar). Afinal, como anda o seu filho (a), sobrinhos, netos ou mesmo pessoas do seu ambiente de trabalho quando o tema a BULLYING?
Portanto, você precisa ler os fragmentos da matéria abaixo, acessar ("Adolescência trata de bullying nas redes sociais e violência"), publicada no portal do Jornal Correio Braziliense.Veja e compartilhe também as indicações de vídeos abaixo para ampliar conhecimentos.
Boa leitura!
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'Adolescência' trata de bullying, redes sociais e violência
Adolescência, série da Netflix com 24,3 milhões de visualizações, trata de bullying, redes sociais e violência num dos períodos mais frágeis da formação humana
Não há um momento em Adolescência, a série inglesa em quatro episódios que a Netflix colocou no ar no último dia 13 de março, que não seja perturbador. Desde as primeiras cenas, quando uma abordagem impecável da polícia leva de casa o menino Jamie, de 13 anos, sob o olhar atônito e apavorado dos pais e da irmã, até a conversa final do casal sobre o que não viram nem escutaram enquanto o menino mergulhava nas profundezas das redes sociais, Adolescência é um soco no estômago. A série fez tanto sucesso que, em menos de uma semana no ar, teve 24,3 milhões de visualizações, um número considerável para o streaming. É sobre bullying, sobre exposição, sobre vingança e sobre pertencimento, mas também sobre educação, comunicação e como administrar a frustração e as emoções.
"É preciso que um colega da própria escola se disponha a decifrar os corações e sucessões de emojis aparentemente inofensivos que aparecem na conta do Instagram do menino para se desenhar algum caminho que leve ao entendimento do crime."
Jamie não vem de uma família disfuncional. Filho de pais que trabalham muito para colocar conforto e segurança dentro de casa, expoentes da classe operária bem sucedida, ele parece, como diz o pai repetidas vezes, um "bom menino". Preso sob suspeita de assassinar uma colega da escola, ele é também uma vítima de bullying expresso sob a forma de códigos que nenhum adulto, nem os pais, nem os professores e educadores e muito menos o investigador do caso conseguem alcançar. É preciso que um colega da própria escola se disponha a decifrar os corações e sucessões de emojis aparentemente inofensivos que aparecem na conta do Instagram do menino para se desenhar algum caminho que leve ao entendimento do crime.
"A questão não é se o menino cometeu ou não o assassinato — isso é resolvido logo no início —, mas de onde veio a motivação."
O bullying, ele lembra, sempre foi praticado nas escolas, por todas as gerações, mas com as redes sociais, toma outra dimensão. "Tik Tok, Instagram, Whatsapp, essas redes causam impacto muito grande. É pesado. Se nós adultos não soubermos, de alguma maneira, trabalhar as redes sociais, vamos perder uma porcentagem grande de jovens para o obscurantismo. Vão se tornar pessoas sem empatia, sem consideração com o próximo. Isso é o que as redes sociais têm apontado", lamenta.
"Muitas escolas pensam que é só punir, dar suspensão, advertência e, quando você vai estudar sobre o assunto, não é nada disso. Isso não funciona para mudança de comportamento. O que funciona é a prevenção.
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