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domingo, 25 de fevereiro de 2024

A desigualdade racial no acesso a creches no Brasil

                                    Prefeitura do Recife vai ampliar número de creches e de vagas após estudo  em parceria com BNDES - PSB 40

Fonte: Google imagem

Bom dia!  

     iniciamos o dia de hoje trazendo uma reflexão para questão que atinge milhares de crianças brasileiras e de alguma forma milhares de famílias, principalmente, aqueles que ocupam as periferias e carecem bastante das medidas de políticas sociais aplicadas pelos gestores públicos. 

    Durante a campanha para disputa do governo do Estado de Pernambuco a base do discurso da então candidata Raquel Lyra (atual ocupante do Palácio Campos das Princesas) foi exatamente apoio voltado a ampliar o número de creches visando atender anseios de milhares de famílias. Deixando o "partidarismo de laldo" a pauta é sim necessária ser levantada mas, acompanhando esse ponto requer que sejam vistos outros pontos.

    Precisamos antes mesmo de atingirmos a "quantidade" termos dos gestores públicos a resposta para os seguintes pontos: Como anda formação dos cuidadores que trabalham nas milhares de creches (salário, treinamento, condições de trabalho)? As atuais creches (principalmente localizadas em áreas mais de periferia) contam com uma boa estrutura física para manter funcionamento? E a parte lúdica, estes equipamentos contam com brinquedos e material didático voltado atender as crianças e seu desenvolvimento cognitivo? Mas, um ponto importante não pode faltar ser questionado é quanto presença de Psicólogo e nutricionistas voltada atenção as crianças e seus familiares.

    Portanto pensarmos políticas públicas voltadas as camadas mais carentes da sociedade é muito mais do que inaugurar novas creches. Gestores públicos precisam paralelo oferecer um serviço que dignifique as famílias e crianças assistidas enquanto cidadãs. Formar uma sociedade mais justa parte de pequenos passos porém, agir com responsabilidade aos recursos públicos e a pessoa.

    A matéria logo a seguida nos leva a perceber que a questão quanto novos equipamentos (creches) voltada à população exige também combater uma desigualdade que persiste e nos recusamos dialogar.

Que tal ler está matéria, compartilhar e também avaliar o seu papel? 

    Bem, hoje buscamos a matéria publicada no NEXOS Políticas públicas e assim desejamos provocar você para refletir na sua realidade e até mesmo discutir no trabalho, em casa ou aqui mesmo. 

    Assim, leia os fragmentos abaixo, acesse o link https://pp.nexojornal.com.br/dados/2023/09/27/a-desigualdade-racial-no-acesso-a-creches-no-brasil(A desigualdade racial no acesso a creches no Brasil) publicada no Jornal NEXOS Políticas públicas e leia a matéria completa. 

Boa leitura.

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 A desigualdade racial no acesso a creches no Brasil

        O PNE (Plano Nacional de Educação) estabelece metas e diretrizes para a educação brasileira durante um período de tempo. 

        A meta 1 do plano atual é a matrícula de 50% das crianças de 0 a 3 anos em creches, até 2024. A meta está longe de ser alcançada. Há uma dificuldade, em especial, de acesso das crianças negras (pretas e pardas) às creches.

        As crianças de famílias mais pobres são as que têm as menores taxas de acesso às creches. Entre famílias com renda per capita acima de 3 salários mínimos, o acesso é maior porque elas podem recorrer a rede privada. Na rede privada de creches, também há um número maior de crianças brancas, 62%, comparado com 46% na rede pública*.

    O acesso às creches beneficia o desenvolvimento da criança e permite o acesso ao mercado de trabalho para as mães, que geralmente são as cuidadoras. Por isso, a redução das desigualdades raciais e regionais é importante.


Fontes: 

1- Pnad Contínua, 2019, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Acesse o link para ver todos os. "Os dados do gráfico foram sistematizados e fornecidos pelo pesquisador Leonardo Silveira do Núcleo Afro do Cebrap, a partir do relatório da pesquisa  Desigualdades Raciais e Primeira Infância ,  realizado pelo Núcleo. As tabelas disponíveis para consulta." .

 https://pp.nexojornal.com.br/Dados/2023/09/27/A-desigualdade-racial-no-acesso-a-creches-no-Brasil - 19/12/2023

2 - Como a escolaridade de cuidadores pode influenciar o desenvolvimento infantil

https://pp.nexojornal.com.br/academico/2023/05/19/como-a-escolaridade-de-cuidadores-pode-influenciar-o-desenvolvimento-infantil - 25/02/2024

3 - Quais os fatores interferem no desenvolvimento na primeira infância

https://pp.nexojornal.com.br/academico/2022/03/10/quais-fatores-interferem-no-desenvolvimento-na-primeira-infancia - 25/02/2024.


4- Como funcionam as creches em Quebec



5- Auxiliares de desenvolvimento infantil das creches do Recife de Pernambuco entregam carta denúncia


6- Faltas de vagas em creches do Recife geram transtorno



Pesquisador 
Professor  ETE - Ginásio Pernambucano
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciência da Educação (Universidade Lusófona Humanidades Tecnologia -ULHT- Lisboa/Portugal)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ Argentina)

Doutor Ciência da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS/Asunción - Paraguay)

sábado, 17 de fevereiro de 2024

No Brasil, apenas 3% dos estudantes mais pobres têm conhecimentos adequados de matemática

"Em se tratando dos estudantes mais pobres, 13,9% atingiu esse nível. Entre a parcela mais rica, foram mais da metade (54,9%)."

 

                           

Professor Cícero Souza com estudantes (Júlia, Carla e Jamily) do GP-Cabugá que participaram da 15ª Olimpíada Nacional de História do Brasil / Unicamp - SP 2023. Arquivo pessoal.


Bom dia!  

    Amanhã inicia efetivamente o ano escolar para molhões de jovens e famílias brasileira. Que tal ler está matéria, compartilhar com os seus filhos (as) e também avaliar o seu papel no processo educacional? Assim, trazemos hoje para você o tema que sempre mexerá com cada um de nós. 

    Bem, hoje vamos buscamos hoje a matéria publicada no jornal   Diario do Nordeste /CE e assim desejamos provocar você para refletir na sua realidade e até mesmo discutir no trabalho, em casa ou aqui mesmo a sua posição. 

    Assim, leia os fragmentos abaixo, acesse o link https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ultima-hora/pais/no-brasil-apenas-3-dos-estudantes-mais-pobres-tem-conhecimentos-adequados-de-matematica-1.3479604 (No Brasil, apenas 3% dos estudantes mais pobres têm conhecimentos adequados de matemática) publicada no Jornal Diario do Nordeste e leia a matéria completa. 

    Mas, dessa vez desejo que você também indique  músicas, de leituras e vídeos relacionados ao tema  para compartilharmos aqui durante a semana. Que tal?

Então, uma boa leitura.

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No Brasil, apenas 3% dos estudantes mais pobres têm conhecimentos adequados de matemática

Escrito por Redação Foto: Ground Picture / Shutterstock

      "Os dados são de uma análise dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022 feita pelo instituto de pesquisas Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) e obtida pelo g1. O levantamento também mostra a desigualdade em relação às habilidades em leitura e ciências.

        Considerando todos os estudantes brasileiros, 24,3% deles atingiu o desempenho adequado em leitura. Isso é, aproximadamente 1 em cada 4 alunos consegue identificar a ideia principal de um texto, localizar informações que não estejam em destaque e fazer comparações, por exemplo. Em se tratando dos estudantes mais pobres, 13,9% atingiu esse nível. Entre a parcela mais rica, foram mais da metade (54,9%).

    Em ciências, 19,2% de todos os alunos do País atingiu o nível considerado adequado, em que conseguem distinguir o que é científico e o que não é e explicar fenômenos familiares. Analisando apenas o desempenho dos mais ricos, quase metade deles (49,6%) atingiu esse desempenho, enquanto entre os estudantes mais pobres menos o percentual ficou em 9%. g1 destaca, porém, que essas desigualdades entre estudantes de classes sociais diferentes não é algo exclusivo do Brasil. A análise mostra que esse abismo é ainda maior nos Estados Unidos. Mas, na realidade brasileira, as médias atingidas são insatisfatórias inclusive entre as classes mais altas.

O QUE É O PISA?

    O Pisa — sigla para Programme for International Student Assessment —, é um estudo realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele oferece informações sobre o desempenho dos estudantes de 15 anos, faixa etária em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

    A pesquisa também avalia os chamados domínios "inovadores", como resolução de problemas, letramento financeiro e competência global. Os resultados permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades dos estudantes em comparação com os de outros países, aprenda com as políticas e práticas aplicadas em outros lugares e formule suas políticas e programas educacionais.

PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA

        Na publicação "Notas sobre o Brasil no Pisa 2022", publicada no ano passado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta que 27% dos estudantes brasileiros atingiu pelo menos o nível 2 de proficiência em matemática, enquanto a média dos estudantes entre os países da OCDE é de 69%. Segundo o Instituto, no mínimo esses estudantes podem interpretar e reconhecer, sem instruções diretas, como uma situação simples pode ser representada matematicamente — como comparar a distância total de duas rotas alternativas ou converter preços em uma moeda diferente.

        O alto desempenho em matemática — nível 5 ou 6 — foi atingido por apenas 1% dos estudantes do Brasil. A média dos países da OCDE é de 9%. "Nesses níveis, os estudantes podem simular situações complexas matematicamente e podem selecionar, comparar e avaliar estratégias adequadas de solução de problemas para lidar com elas. Somente em 16 dos 81 países e economias participantes do Pisa 2022 mais de 10% dos estudantes atingiram o Nível 5 ou 6 de proficiência", aponta o Inep.

    Em relação aos estudantes que obtiveram o melhor desempenho em leitura, a proporção é semelhante entre meninos e meninas: 2%."


Cícero Souza
Pesquisador 
Professor  ETE - Ginásio Pernambucano
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciência da Educação (Universidade Lusófona Humanidades Tecnologia -ULHT- Lisboa/Portugal)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ Argentina)

Doutor Ciência da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS/Assunción - Paraguay)