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domingo, 22 de outubro de 2023

Casal de idosos pula de prédio para fugir de incêndio causado por neta


Como você reage aos nãos que a vida te dá? – Rita Santos🦋

(Mafalda - Quino) Google imagem

"A Polícia Militar do estado informou que o casal mora com a neta, de 11 anos. Durante o dia, a criança teria tido uma discussão com os avós e colocado fogo em um sofá do apartamento. As informações são do portal de notícias G1."

(Correio Braziliense)

Além de afeto precisamos definir limites!

    Vamos olhar em nosso cotidiano e analisar como anda o comportamento das pessoas próximas? Como estas pessoas lidam com a crítica e exercem uma relação de respeito após pequenos desentendimentos? Mas, principalmente é importante pensarmos que geração estamos formando.

"Precisamos definitivamente trabalhar vários pontos mas, se faz necessário trabalhar a situação de "limite" e de escuta do "não."

    Diariamente tem sido notícias na mídia caso de jovens que reagem de forma violenta no ambiente escolar diante professores, coordenação e principalmente colegas de classe quando sente-se repreendidos ou não atendidos em desejos postos. Mas o que está ocorrendo?

    Precisamos definitivamente trabalhar vários pontos mas, se faz necessário trabalhar a situação de "limites" e de escuta do "não". Ouvindo diariamente jovens, tenho percebido o excesso de permissividade a que estão sujeitos. Pais, com "receio" de frustração ou mesmo de "culpa" estão oferecendo quase tudo enquanto materializado mas, está faltando afeto e muito pulso.

    Jovens estão acordando no horário que desejam, vão a escola no tempo que acreditam ser possível e se contentam voltar com o "básico" ao que desejam e ao que seus pais vão cobrar; aprovação no ano letivo. Triste perceber o quanto se perde!

"É no espaço escolar que desejam jogar (o que muitas vezes já iniciaram madrugada), desejam dormir e muitas vezes "impor" seu ponto de vista sem qualquer avaliação de coerência ou não."

    Falamos muito mas, pouco estamos fazendo. Afinal, o que podemos e devemos ainda fazer? Não digo apenas a escola ou o conjunto da sociedade mas,  também a família. Costumo analisar junto aos nossos alunos o quanto eles estão (muitas vezes inconsciente) "transformando" o espaço escolar em sua casa; e por outra, tentando "tornar" a sua casa em "escola". Tudo isso na forma como se comportam, tratam os colegas, "dialogam" com professores (observemos os maus exemplos).

    No ambiente escolar é muito raro ouvirmos a expressão "por favor"; alguém pedir desculpas e principalmente saber ouvir um não. É no espaço escolar que desejam jogar (o que muitas vezes já iniciaram durante a madrugada), desejam dormir e muitas vezes "impor" seu ponto de vista sem qualquer avaliação de coerência ou não. É no espaço escolar que desejam muitas vezes negar o papel da escola que é socializar saberes, respeitar visões de mundo, desenvolver e compartilhar respeito a pessoa e ao coletivo. Mas como? Exemplos postos nas redes sociais e também no próprio ambiente familiar exemplificam quão distante estão a escola e a família desse jovem. 

    Pais estão muitas vezes passando para a escola o papel de educar seus filhos mas que não o "frustem", não contrarie seus desejos e que ao final ele tenha a promoção de nível escolar necessário. Quase que diariamente tem ouvido de pais que "não sabem o que fazer" uma vez que seus filhos não obedecem mais suas ordens! E a quem caberá essa postura?

"Pais estão muitas vezes passando para a escola o papel de educar seus filhos mas que não o "frustem", não contrarie seus desejos e que ao final ele tenha a promoção de nível escolar necessário."

    Sem dúvida que temos jovens maravilhosos no ambiente social, que formamos filhos maduros e que são destaques no espaço escolar e social. Mas, quanto a milhares de jovens que vão à contra-mão de todo um preceito de civilidade e respeito ao próximo? Serão futuras ameaças a existência social de nossos filhos nas ruas, no espaço de trabalho em em suas próprias casas? São tantas as perguntas aqui lançadas que ficamos atordoados!

    Filhos que matam os pais; netos que tentam matar avós e pais que agridem professores em nome que "protegem seus filhos". A que ponto vamos chegar?

    Podemos muitas vezes cobrar políticas educativas, de Saúde, Segurança e Social por parte dos Poderes públicos. Podemos cobrar muitas vezes uma legislação mais severa (como se já não existisse) mas, é no espaço familiar que também precismos ter muita atenção.

Afinal, o que falta hoje quando analisamos as relações interpessoais e, em especial, quando a questão é focada nesta geração jovem? Será que é uma questão apenas de "construir" limites?

Reflita e diga aqui sua opinião.

"Avô da criança de 11 anos disse à PM que ela trancou o apartamento e foi brincar fora do prédio depois de colocar fogo no imóvel. Caso ocorreu em Patos de Minas e avós pularam do quarto andar para se salvarem."

"Aos policiais, a criança confirmou que colocou fogo no sofá, trancou o apartamento e desceu para andar de patins. Ela não foi levada à delegacia por ser menor de idade e ficou sob os cuidados da mãe."

(Portal Globo /G1)

Para ler:

Casal de idosos pula de prédio para fugir de incêndios causado por neta.

https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2023/10/5134290-casal-de-idosos-pula-de-predio-para-fugir-de-incendio-causado-por-neta.html - acesso: 15/10/2023

Avós que pularam de prédio após neta atear fogo no sofá havia proibido menina de usar celular.

https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2023/10/16/avos-que-pularam-de-predio-apos-neta-atear-fogo-em-sofa-haviam-proibido-menina-de-usar-celular.ghtml - acesso: 21/10/2023

Saiba quem é Suzane Von Richtonfez, condenada pelo assassinato dos pais.

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/saiba-quem-e-suzane-von-richthofen-condenada-pelo-assassinato-dos-pais/ -acesso: 21/10/2023

Para assistir:

Permissividade ou autoritário

Ser firme não é ser rude.Ser gentil não é ser mole.

Como fazer combinados (acordos) com os filhos.

A menina que matou os pais: A confissão

Rachel e Jenny brigam durante distribuição de tarefas.


Professora é agredida por mãe de aluno dentro da escola.

O esforço de Guilherme e a rede de solidariedade surgiu.


Cícero Souza

Pesquisador 
Professor  ETE - Ginásio Pernambucano
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciência da Educação (Universidade Lusófona Humanidades Tecnologia -ULHT- Lisboa/Portugal)

Doutorando Ciência da Educação (Universidade Nacional de Rosario - UNR/ Argentina).

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