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"Eu vou trocar meu celular num Nokia tijolão, que só manda mensagem e faz ligação. Essa internet virou arma na sua mão."
(Jorge & Mateus - Tijolão)
A bastante tempo o cotidiano escolar vem sendo afetado em decorrência do conflito existente entre uso de aparelhos celulares. Nesta questão especialistas (no campo da Pedagogia) destacam a incapacidade da escola de não integrar a ferramenta que esta nas mãos dos jovens ao conteúdo e didática do professor. Por outro lado, docentes apontam a dificuldade de "prender" ou mesmo "desviar" atenção do aluno para o pedagógico e a interação social no ambiente quando aos jovens o mundo dos jogos e plataformas digitais são mais chamativas. Ainda nesse caminho, pais muitas das vezes comparecem a escola buscando tentar entender o baixo rendimento do seu filho ou mesmo que queixar-se da quase completa incapacidade de ter "controle" sobre o comportamento agressivo dos filhos, apatia e uso demasiado de aparelhos celulares.
Mas, o que está ocorrendo? Celular faz mal? Mas, como trabalhar junto aos nossos filhos para questão tão importante?
Na verdade, pais e filhos praticamente não conversam mais, ou melhor, "conversam via aplicativos até mesmo quando estão dentro de casa. Muitas vezes a "parceria" e o diálogo durante o almoço tem o celular como principal intermediário.
Jovens vão a shows e passam mais tempo registrando gravação do evento do que aproveitando o momento. Já nos encontros registram mais respostas monosilábicas, pouca argumentação e limitados olhares.
E na escola? O recreio já não é mais tão interativo. Também, durante resolução de exames fica visível a limitação vocabulário quando assim perdem questões relativamente básicas por não ter um repertório mais ampliado a partir de mais leituras e, em alguns casos, aceleraram resolução de exames visando logo ter acesso ao aparelho celular temporariamente recolhido.
O que está ocorrendo com nossos jovens e também adultos?
Será difícil imaginar o que deverão enfrentar no curso de sua vida acadêmica e profissional? O social desses "quase adultos" já está bem visível: ausência de foco; resistência a críticas; agressividade e falta de maturidade.
Afinal, nossos jovens estão chegando a situação em decorrência apenas de suas decisões ou temos contribuição enquanto pais negligentes ao não termos controle da situação? Estudos já ocorrem e comprovam diariamente os impactos quanto ao uso exagerado do celular (principalmente atingindo crianças entre 2 a 10 anos).
"Porém, o uso exagerado, principalmente das redes sociais, pode gerar um quadro de vício, que se caracteriza pela angústia e pelo desconforto gerados pela falta de acesso à comunicação via internet."
"Pode atrapalhar o desempenho social, educacional, profissional, convívio com família e amigos, além de interferir cognitivamente."
"A ansiedade e a agonia provocadas por estar separado de dispositivos com acesso a redes sociais, ou apenas de imaginar esse cenário, são os principais indicativos da nomofobia."
( Fragmento da matéria do Jornal Correio Braziliense)
"A dependência do celular vai alterar o nosso comportamento e vai alterar a forma como nosso cérebro funciona, muito parecido com os outros vícios."
(Cláudia Feitosa Santana - Doutora Neurociência / USP)
"O medo de ficar sem o celular leva a um outro comportamento que se chama HIKIKOMORI (afastamento social severo)"
(Cláudia Feitosa Santana - Doutora Neurociência / USP)
Os trechos acima apresentam as problemáticas quanto ao uso exagerado de aparelhos celulares nos mais diversos ambientes ( em casa, na escola, no trabalho ou mesmo nas atividades recreativas) e cabe tomarmos a melhor decisão. Pare e avalie qual a sua situação. Pare e converse com seu filho (a) e pergunte para ela (e) como trabalhar essa situação.
Se você acha "bonitinho" uma criança de dois anos passar horas "distraída" e quietinha você está negligenciando para um mal que breve afetará o futuro psicológico das (os) pequenos (as)!
"A tentativa de criar relacionamentos, sem ser no digital, e investir nos ciclos sociais, em que o indivíduo se sinta bem e seguro, é importante no processo de melhora."
( Fragmento da matéria do Jornal Correio Braziliense)
Para ler:
1- Nomofobia: uso exagerado das redes sociais pode gerar quadro de vício
https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2023/10/5133256-nomofobia-uso-exagerado-das-redes-sociais-pode-gerar-quadro-de-vicio.html - acesso: 22/10/2023
2- ALEPE aprova projeto que proíbe uso de celulares nas escolas de Pernambuco
3 - Lei 15.507 - de 21 de Maio 2015
http://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?id=4207 - 28/10/2023.
Para assistir: