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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Arquivo Público completa 80 anos de fundação

  "Tenho imensa gratidão ter feito parte da história do APEJE ao desenvolver por quase seis anos importantes trabalhos de apoio a pesquisadores, preservação e guarda do acervo DOPS/PE..." 

    O Arquivo Público Estadual de completou recentemente 80 anos de existência sendo hoje, mais do que uma parada obrigatória para que milhares de pesquisadores realizem suas pesquisas. É o APEJE um espaço aberto também para que professores, estudantes conheçam a estrutura e contribuição social.  Como também, é o local para que muitos façam resgate da própria história e busquem junto aos órgãos competentes de governos o atendimento à condição de cidadão. Aproveitando as comemorações destaco dois eventos que marcaram a importância dessa instituição septuagenária pertencente não apenas aos pernambucanos, mas que hoje alcançou reconhecimento internacional. 

    Em fevereiro de 1977 o APEJE abria suas portas para um evento que mobilizou não apenas os pesquisadores mas também a intelectualidade  pernambucana. A palestra proferida pelo professor Gilberto Osório tinha por objetivo comemorar os  150 em que Recife assumiu o posto de Capital do Estado. O evento foi realizado com êxito e destacou a relevância  do Arquivo Estadual e de todos que faziam parte do quadro funcional naquele momento.

    Em março de 1982 mais uma vez o APEJE marcava o cenário cultural pernambucano, desta vez com a realização do lançamento do Inventario da coleção do Conde Ernesto Pereira Carneiro. Desta vez o evento teve a presença do Secretário Francisco de Paula Bandeira de Melo, do escritor Mauro Mota. Ficou assim mais uma vez o registro para a história de um dos momentos sublimes da formação cultural em nosso estado. 

"A todos os funcionários que integram o atual quadro do APEJE..."

      Desta forma, como pensar em Arquivo representativo hoje se não buscarmos resgatar as bases de uma formação estrutural e cultural? E como pensar se não agregarmos ao nosso quadro hoje uma visão atualizada mas focada numa missão que foi construída a oito décadas. Todos nós pesquisadores que buscamos os serviços do Arquivo Público Jordão Emerenciano (APEJE) sabemos ser hoje uma instituição de respeito e que preza  pela qualidade dos serviços, acesso a informação e a integração maior com o conjunto da sociedade pernambucana.
    Tenho imensa gratidão ter feito parte da história do APEJE ao desenvolver por quase seis anos importantes trabalhos de apoio a pesquisadores, preservação e guarda do acervo DOPS/PE e, ao longo desse período, ter participado subsidiando a Comissão da Verdade Dom Helder Câmara (CMVDHC) com valiosas informações e documentos para que a história de milhares de pessoas pudessem ser recontadas com a fidelidade documental os quais profissionais do APEJE fizeram preservar. Ser pesquisador, apoiar pesquisadores e coordenar um competente equipe também foi gratificante para mim enquanto profissional.
    Assim, parabéns a pesquisadoras e pesquisadores (Dra. Graça Ataíde de Almeida; Dra. Marcília Gama; Dra. Vera Lúcia Acyoli; Dr. Rafael Leite; Ms. Elizângela e Joelma Gusmão). Parabenizar também funcionários que prestaram valiosos serviços no APEJE durante suas passagens: Dra. Sandra Veríssimo; Dr. Wladmir André e Fred Cavalcanti. Ainda, a todos os funcionários que integram o atual quadro do APEJE, aos estudantes das instituições de pesquisa que confiam no trabalho realizado, aos professores (Universidades e estudantes da rede pública estadual) por perceberem a importância em apresentar as gerações mais jovens um trabalho que não começou hoje e,  com certeza, não pretende parar.

Fonte: Equipe do Aquivo Público de Pernambuco (acervo DOPS) recebendo membros da Comissão Nacional da Verdade. Fev/2013

Fonte: Apresentando documentos do acervo DOPS/PE a grupo de pesquisadores.

Fonte: Visita de escolares da Rede estadual ao APEJE sob coordenação do professor Alberto Leal. Jan/2009.

Diário Oficial - 1977)

Fonte: Diário Oficial do Estado - março - 1982.

Para assistir:
Fonte: Arquivo Público

Fonte: Chefe do Arquivo DOPS/PE , fala sobre a Comissão da Verdade.

Fonte: DOPS em Pernambuco - Marcília Gama.

Fonte: Comissão da Verdade: arquivo público ajuda na investigação.
*In memorium (Pedro Moura - Diretor do APEJE 2007/2018)


Cícero Souza

Pesquisador 
Professor
Gestor Escolar
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciências da Educação (Lisboa/PT)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ AR)
Doutor Ciências da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS / Assunção - PAR)

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Escola Dr. Pessoa de Queiroz na Olimpíada Nacional de História do Brasil /2025.

 




"A 17ª edição terá início no dia 5 de maio. Serão realizadas seis fases online com duração de uma semana cada, além da final presencial que ocorrerá nos dias 30 e 31 de agosto, na Unicamp, em Campinas (SP)." 

Bom dia aos nossos leitores! 

    Na última Segunda-feira (03/02) teve início inscrições para mais uma importante competição nacional e que busca valorizar o estudo da História do Brasil, como também, tem objetivo de estimular mais jovens à leitura e ao gosto pelo saber científico e pesquisa. 

    Assim, teremos (inicialmente online) a 17ª Olimpíada Nacional em História / 2025 e, é importante saber que Pernambuco estará muito bem representado por vinte e um (21) estudantes  e dois professores (disciplina de História) da Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz, esta localizada na Zona norte do Recife, bairro de Dois Unidos que está focada para fazer uma bela participação.

    A Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz tem inscritas sete equipes compostas por alunos dos 6 ao 9º anos do Ensino Fundamental II (anos finais) e dos 2º e 3º anos Médio  e, que estarão sendo acompanhados pelas professoras-orientadoras Simone e Luciana Calsavara que estarão trabalhando as equipes durante as atividades estabelecidas pela banca da competição sob coordenação da Universidade de Campinas/SP.  Importante ainda destacar que a Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz participará pela primeira vez desta competição nacional e todos os estudantes estão bastante empolgados.

"Uma alteração importante mantida em 2025 é a separação da concorrência das equipes por níveis, ou seja, grupos formados por estudantes do ensino fundamental competem entre si, e o mesmo ocorre para equipes do ensino médio. A prova é a mesma para todos os alunos, mas esse formato propicia uma concorrência mais equilibrada."

(ONHB)

    Agora, visando preparação 2025 as equipes  já realizaram suas inscrições, estão iniciando debates e conhecendo melhor as regras estabelecidas para competição. Portanto, para a 17ª edição da ONHB  a Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz estará representada pelas equipes de estudantes dos 3º anos - ATENAS e outras fortes equipes dos 2º anos (Ensino Médio) e também 9º anos do Ensino Fundamental II (anos finais);  sendo então atualmente, sete no total!

    Mas, é importante destacarmos também o entusiasmo e a iniciativa de participação de estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio e que, recém-ingressos na escola, já buscam canais para participação e fazer-se protagonistas também numa competição de porte nacional. Desta forma, estes estudantes  fizeram contato com as professoras orientadoras e ofereceram seus nomes para esta importante competição de História do Brasil. Parabéns a professora Simone (responsável pelo Ensino Fundamental) e a professora Luciana (voltada orientação dos atletas do Ensino Médio) pela bela iniciativa ao lançar este desafiador momento para todos que fazem a Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz.

    Bem, agora é torcer e acompanhar o desempenho das "equipes olímpicas" da Escola Dr. Francisco Pessoa de Queiroz e acreditar  que dias melhores virão com essa nova geração de estudantes de uma nova história. Parabéns aos estudantes pela formação de equipes já vencedoras!

        Veja abaixo informações gerais da competição postadas pela coordenação da competição Olimpíada Nacional em História do Brasil /ONHB 2025

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1 - Para participar, os interessados devem formar equipes com um professor de História e três alunos do Ensino Fundamental (8º e 9º anos) e/ou Médio. Na última edição, em 2024, participaram da ONHB mais de 180 mil pessoas inscritas.

2-  A 17ª edição terá início no dia 5 de maio e segue até 17 de junho. Ao todo, serão realizadas seis fases online com questões de múltipla escolha e realização de tarefas, além de final presencial que ocorrerá nos dias 26 e 30 de agosto, na Unicamp, em Campinas (SP). 

Sobre as fases da Olimpíada de História

3- As seis fases online têm duração de uma semana cada e preveem questões de múltipla escolha e realização de tarefas. O conteúdo apresentado nas questões permeiam, além da História do Brasil, assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades etc. O formato oferece aos estudantes e professores a oportunidade de discutir temas que nem sempre são abordados em sala de aula ou estão presentes nos livros didáticos.

4- A Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) é um projeto que iniciou no ano de 2009, no âmbito do Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que prossegue sendo elaborado por docentes e pós-graduandos do Departamento de História da mesma universidade. Ao longo desses quase 12 anos, a ONHB já teve cerca de 450 mil participantes, orientados pelos professores de história de suas escolas, públicas ou privadas.

(Fonte:https://www.olimpiadadehistoria.com.br/paginas/onhb15/regulamento)


Para ler:

Regulamento da 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (2025).

https://www.olimpiadadehistoria.com.br/paginas/onhb15/regulamento - acesso: 15/02/2025

Calendário de eventos - Olimpíada Nacional de História do Brasil

https://www.olimpiadadehistoria.com.br/calendario/index  acesso: 15/02/2025


Para assistir: 

Como funciona a Olimpíada Nacional em História - OHB?


Como funciona a Olimpíada Nacional em História? - Com a Dra. Alessandra Pedro.



5 Dicas de ouro para sua equipe ter um excelente desempenho na ONHB



Cícero Souza

Pesquisador 
Professor
Gestor Escolar
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciências da Educação (Lisboa/PT)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ AR)
Doutor Ciências da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS / Assunção - PAR)

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Dicas de leituras.

 

FICÇÃO

Em tempo de Coronavirus, conheça cinco livros de ficção que falam sobre pandemias

Entre clássicos e contemporâneos, a literatura mundial já se baseou em cenários de pandemia. Conheça ou relembre cinco livros marcantes que trataram do tema
Valentine Herold
Valentine Herold
Publicado em 17/03/2020 às 18:13

REPRODUÇÃO
O escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960) é autor de clássicos como A Peste e O Estrangeiro - FOTO: REPRODUÇÃO
    Desde que o novo Coronavírus vem se expandido pelo mundo, alguns livros de ficção cujos enredos se passam em meio a pandemias voltaram nas listas dos mais vendidos. Na França, por exemplo, o clássico A peste, de Albert Camus, teve suas vendas dobradas entre janeiro e fevereiro, segundo a empresa de estatísticas de vendas de livros Edistat. Na Itália, país altamente afetado pelo Covid-19, a obra também se encontra entre os best-sellers no momento.
    Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1957, o franco-argelino Albert Camus, autor do também clássico livro O Estrangeiro, lançou A Peste em 1947. O enredo relata como a cidade de Orã muda após uma peste dizimar sua  população. A doença era transmitida pelos ratos e, além de uma ótima história ficcional, representa uma grande analogia à ocupação nazista na França durante a Segunda Guerra Mundial, encerrada em 1945. O narrador no livro de Camus é um médico envolvido na luta contra a doença. Em meio à quarentena, os moradores de Orã precisam vencer a solidão e se apegar aos momentos de união e compaixão.
    Ao longo da história, a literatura se inspirou diversas vezes em cenários apocalípticos provocados por  epidemias e pandemias para criar histórias ficcionais. Conheça ou relembre de outros quatro livros marcantes que trataram do tema:

Ensaio sobre a Cegueira

    Um dos livros mais conhecidos do premiadíssimo José Saramago, foi lançado em 1995 e se passa durante a "treva banca". O efeito colateral desta pandemia é a cegueira - física mas também metafórica. Esta cegueira causa grandes transtornos na vida das pessoas mas também nas estruturas sociais. A treva branca tem início com um homem, que é acometido do mal de forma repentina, enquanto dirige seu carro. As pessoas que vão ajudá-lo acabam sendo contaminadas e a partir daí a cegueira branca se espalha. Apenas uma mulher permanece imune e consegue enxergar. O que ela vê vai muito além da desordem e do medo: a ausência do poder público e a ganância humana nunca estiveram tão escancarados. Em 2008, a obra foi adaptada para o cinema pelo brasileiro Fernando Meirelles. Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga e Gael García Bernal integram o elenco. "Lutar foi sempre, mais ou menos, uma forma de cegueira, Isto é diferente, Farás o que melhor te parecer, mas não te esqueças daquilo que nós somos aqui, cegos, simplesmente cegos, cegos sem retóricas nem comiserações, o mundo caridoso e pitoresco dos ceguinhos acabou, agora é o reino duro, cruel e implacável dos cegos, Se tu pudesses ver o que eu sou obrigada a ver, quererias estar cego, Acredito, mas não preciso, cego já estou, Perdoa-me, meu querido, se tu soubesses, Sei, sei, levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo  onde talvez ainda exista uma alma, e se eles se perderam", escreveu Saramago.

O Amor nos Tempos de Cólera

    Neste romance do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), acompanhamos a história de amor entre o  telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza e Fermina Daza em meio a uma epidemia de cólera. Os nomes dos personagens principais foram inventados pelo escritor, mas as vidas de seus pais, Gabriel Elígio e Luiza, estão presentes em todas as páginas deste épico romance, pois foi a partir da verdadeira história do casal que o escritor se baseou para criar uma das maiores obras da literatura latino-americana. Florentio e Fermina se apaixonam muito novos e precisam enfrentar a oposição do pai da moça. Como forma de dissuadir a filha de levar o namoro em frente, ele força a jovem a permanecer por um ano numa cidade do interior. O Amor nos Tempos de Cólera é um marco no gênero literário realismo fantástico.

O Último Homem

    Conhecida mundialmente como a autora de Frankestein (1818), Mary Shelley foi pioneira no campo da ficção científica. Britânica, ela nasceu em 1797 e lançou O Último Homem com 29 anos. O enredo se passa numa sociedade futura, num momento de devastação pela peste bubônica. Lionel Verney é o narrador, membro de uma família nobre que perdeu suas riquezas, que assiste ao colapso ao seu redor se tornando o único sobrevivente dessa tragédia. Especialistas costumam ressaltar os retratos autobiográficos de figuras do círculo da autora, como seu falecido marido, Percy Bysshe Shelley e Lord Byron.
 O leitor acompanha também o cotidiano da irmã de Lionel, Perdita, casada com Lorde Raymond, que se torna chefe de estado. Além deste núcleo familiar, há o Conde de Windsor e a irmã de Adrian, Idris, que tem uma relação conflitante com a mãe, e outros personagens cujas histórias, amores, desamores e interesses pessoais acabam sendo colocados em segundo plano devido a conflitos políticos. Mas, entre reis, princesas e desavenças, é a praga descontrolada que dita as atitudes humanas.

Eu Sou a Lenda

    Muitos conhecem o filme de mesmo título, protagonizado por Will Smith e lançado em 2008. O longa-metragem é baseado no livro de Richard Matheson, autor norte-americano, lançado em 1954. Um cenário pós-apocalíptico é apresentado aos leitores, em que os indivíduos, em consequência de uma praga desconhecida, se transformaram em zumbis. Em meio ao medo e caos, Robert Neville vive entre seu esconderijo e a busca por alimentos.
    Além de escritor, Matheson, falecido em 2013, trabalhou como roteirista em shows de televisão como The Twilight Zone e Star Trek, além de ter adaptado obras de Edgar Allan Poe para o cinema. Além de Eu Sou a Lenda,seus livros O Incrível Homem que Encolheu, Em Algum Lugar do Passado e Amor Além da Vida também se tornaram filmes.

Para leitura:


https://jc.ne10.uol.com.br/cultura/2020/03/5602577-em-tempo-de-coronavirus--conheca-cinco-livros-de-ficcao-que-falam-sobre-pandemias.html - acesso:19/03/2020.

Cícero Souza

Pesquisador 
Professor
Gestor Escolar
(Governo do Estado de Pernambuco - SEE)
Mestre Ciências da Educação (Lisboa/PT)
Doutorando Ciência da Educação (Universidad Nacional de Rosario - UNR/ AR)
Doutor Ciências da Educação (Universidad Desarrollo Sustentable - UDS / Assunção - PAR)