"Una gripecita" así es como el presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, ha calificado la pandemia de coronavirus que ya ha matado a cerca de 20.000 personas en el mundo.
El mandatario criticó las medidas de protección adoptadas por algunos estados brasileños porque para él, la prioridad es la economía.
¿Por qué cerrar escuelas?
"El virus llegó y lo estamos combatiendo, y pronto pasará. Nuestra vida tiene que seguir. Los empleos se deben mantener. El sustento de las familias debe ser preservado. Debemos volver a la normalidad. Algunas escasas autoridades regionales y municipales deben abandonar el concepto de tierra quemada, la prohibición de los transportes, el cierre de los comercios y el confinamiento de la población. Los acontecimientos en el mundo demuestran que el grupo de riesgo es el de las personas mayores de 60 años. Entonces ¿por qué cerrar escuelas?", declaró Bolsonaro de 65 años en un discurso trasmitido en cadena de radio y televisión.
Este discurso presidencial, que no tiene en cuenta los factores de contagio y desoye las recomendaciones de la Organización Mundial de la Salud, ha sido criticado por el presidente del Congreso Davi Alcolumbre. Un Congreso que concedió a Bolsonaro más libertades para el manejo de los presupuestos y le apoyó para decretar el "estado de calamidad pública".
En Río de Janeiro, el gobernador ha adoptado medidas restrictivas. Y en Sao Paulo, el estado más poblado, se ha decretado el confinamiento ya que es donde se han producido la mayoría de las muertes por coronavirus que en Brasil ascienden a 46.
Em tempo de Coronavirus, conheça cinco livros de ficção que falam sobre pandemias
Entre clássicos e contemporâneos, a literatura mundial já se baseou em cenários de pandemia. Conheça ou relembre cinco livros marcantes que trataram do tema
O escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960) é autor de clássicos como A Peste e O Estrangeiro - FOTO: REPRODUÇÃO
Leitura: 16min
Desde que o novo Coronavírus vem se expandido pelo mundo, alguns livros de ficção cujos enredos se passam em meio a pandemias voltaram nas listas dos mais vendidos. Na França, por exemplo, o clássico A peste, de Albert Camus, teve suas vendas dobradas entre janeiro e fevereiro, segundo a empresa de estatísticas de vendas de livros Edistat. Na Itália, país altamente afetado pelo Covid-19, a obra também se encontra entre os best-sellers no momento.
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1957, o franco-argelino Albert Camus, autor do também clássico livro O Estrangeiro, lançou A Peste em 1947. O enredo relata como a cidade de Orã muda após uma peste dizimar sua população.
A doença era transmitida pelos ratos e, além de uma ótima história ficcional, representa uma grande analogia à ocupação nazista na França durante a Segunda Guerra Mundial, encerrada em 1945. O narrador no livro de Camus é um médico envolvido na luta contra a doença. Em meio à quarentena, os moradores de Orã precisam vencer a solidão e se apegar aos momentos de união e compaixão.
Ao longo da história, a literatura se inspirou diversas vezes em cenários apocalípticos provocados por epidemias e pandemias para criar histórias ficcionais. Conheça ou relembre de outros quatro livros marcantes que trataram do tema:
Livro Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson. Editora Aleph, 384 pgs., R$ 59,90 - DIVULGAÇÃO
Livro Ensaio Sobre a Cegueira, do Prêmio Nobel, José Saramago. Companhia das Letras, 312 pgs., R$ 57,90 - DIVULGAÇÃO
Livro A Peste, do escritor Alberto Camus. Editora Record, 288 pgs., R$ 49,90 - DIVULGAÇÃO
2 / 5
Livro O Último Homem, de Mary Shelley. Edição bilíngue pela Landmark, 498 pgs., R$ 64 - DIVULGAÇÃO
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Livro O Amor em Tempos de Cólera, de Gabriel García Marquez. Editora Record, 432 pgs., R$ 59,90 - DIVULGAÇÃO
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Livro Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson. Editora Aleph, 384 pgs., R$ 59,90 - DIVULGAÇÃO
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Livro Ensaio Sobre a Cegueira, do Prêmio Nobel, José Saramago. Companhia das Letras, 312 pgs., R$ 57,90 - DIVULGAÇÃO
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Livro A Peste, do escritor Alberto Camus. Editora Record, 288 pgs., R$ 49,90 - DIVULGAÇÃO
Livro O Último Homem, de Mary Shelley. Edição bilíngue pela Landmark, 498 pgs., R$ 64 - DIVULGAÇÃO
Livro O Amor em Tempos de Cólera, de Gabriel García Marquez. Editora Record, 432 pgs., R$ 59,90 - DIVULGAÇÃO
Livro Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson. Editora Aleph, 384 pgs., R$ 59,90 - DIVULGAÇÃO
Ensaio sobre a Cegueira
Um dos livros mais conhecidos do premiadíssimo José Saramago, foi lançado em 1995 e se passa durante a "treva banca". O efeito colateral desta pandemia é a cegueira - física mas também metafórica. Esta cegueira causa grandes transtornos na vida das pessoas mas também nas estruturas sociais. A treva branca tem início com um homem, que é acometido do mal de forma repentina, enquanto dirige seu carro. As pessoas que vão ajudá-lo acabam sendo contaminadas e a partir daí a cegueira branca se espalha.
Apenas uma mulher permanece imune e consegue enxergar. O que ela vê vai muito além da desordem e do medo: a ausência do poder público e a ganância humana nunca estiveram tão escancarados. Em 2008, a obra foi adaptada para o cinema pelo brasileiro Fernando Meirelles. Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga e Gael García Bernal integram o elenco.
"Lutar foi sempre, mais ou menos, uma forma de cegueira, Isto é diferente, Farás o que melhor te parecer, mas não te esqueças daquilo que nós somos aqui, cegos, simplesmente cegos, cegos sem retóricas nem comiserações, o mundo caridoso e pitoresco dos ceguinhos acabou, agora é o reino duro, cruel e implacável dos cegos, Se tu pudesses ver o que eu sou obrigada a ver, quererias estar cego, Acredito, mas não preciso, cego já estou, Perdoa-me, meu querido, se tu soubesses, Sei, sei, levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo onde talvez ainda exista uma alma, e se eles se perderam", escreveu Saramago.
O Amor nos Tempos de Cólera
Neste romance do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), acompanhamos a história de amor entre o telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza e Fermina Daza em meio a uma epidemia de cólera. Os nomes dos personagens principais foram inventados pelo escritor, mas as vidas de seus pais, Gabriel Elígio e Luiza, estão presentes em todas as páginas deste épico romance, pois foi a partir da verdadeira história do casal que o escritor se baseou para criar uma das maiores obras da literatura latino-americana.
Florentio e Fermina se apaixonam muito novos e precisam enfrentar a oposição do pai da moça. Como forma de dissuadir a filha de levar o namoro em frente, ele força a jovem a permanecer por um ano numa cidade do interior. O Amor nos Tempos de Cólera é um marco no gênero literário realismo fantástico.
O Último Homem
Conhecida mundialmente como a autora de Frankestein (1818), Mary Shelley foi pioneira no campo da ficção científica. Britânica, ela nasceu em 1797 e lançou O Último Homem com 29 anos. O enredo se passa numa sociedade futura, num momento de devastação pela peste bubônica. Lionel Verney é o narrador, membro de uma família nobre que perdeu suas riquezas, que assiste ao colapso ao seu redor se tornando o único sobrevivente dessa tragédia. Especialistas costumam ressaltar os retratos autobiográficos de figuras do círculo da autora, como seu falecido marido, Percy Bysshe Shelley e Lord Byron.
O leitor acompanha também o cotidiano da irmã de Lionel, Perdita, casada com Lorde Raymond, que se torna chefe de estado. Além deste núcleo familiar, há o Conde de Windsor e a irmã de Adrian, Idris, que tem uma relação conflitante com a mãe, e outros personagens cujas histórias, amores, desamores e interesses pessoais acabam sendo colocados em segundo plano devido a conflitos políticos. Mas, entre reis, princesas e desavenças, é a praga descontrolada que dita as atitudes humanas.
Eu Sou a Lenda
Muitos conhecem o filme de mesmo título, protagonizado por Will Smith e lançado em 2008. O longa-metragem é baseado no livro de Richard Matheson, autor norte-americano, lançado em 1954. Um cenário pós-apocalíptico é apresentado aos leitores, em que os indivíduos, em consequência de uma praga desconhecida, se transformaram em zumbis. Em meio ao medo e caos, Robert Neville vive entre seu esconderijo e a busca por alimentos.
Além de escritor, Matheson, falecido em 2013, trabalhou como roteirista em shows de televisão como The Twilight Zone e Star Trek, além de ter adaptado obras de Edgar Allan Poe para o cinema. Além de Eu Sou a Lenda,seus livros O Incrível Homem que Encolheu, Em Algum Lugar do Passado e Amor Além da Vida também se tornaram filmes.
Novo decreto proíbe eventos com mais de 50 pessoas e determina o fechamento do aeroporto de Fernando de Noronha, além de cinemas, teatros, museus, academias e similares
O governador Paulo Câmara anunciou, nesta terça-feira (17.03), um novo pacote de medidas preventivas com o objetivo de intensificar as ações de enfrentamento ao coronavírus no Estado, que contabiliza atualmente 19 casos confirmados. O novo decreto determina a suspensão de eventos com público superior a 50 pessoas, além da interrupção de operações de pouso e decolagem de aeronaves no Aeroporto de Fernando de Noronha, onde foi identificado um novo caso suspeito.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, explicou que o novo paciente notificado configura um estágio comunitário, quando não se identifica a transmissão de origem. “A nossa vigilância epidemiológica e a aceleração na testagem dos exames foi fundamental para que pudéssemos detectar o mais rápido possível a situação, o que nos permitiu adotar medidas mais adequadas para a nossa realidade”, afirmou. O 19ª caso em Pernambuco é de uma mulher de 63 anos, moradora do Recife, que não tem histórico de viagem para área de transmissão da doença nem contato com paciente suspeito ou positivo.
Sobre a suspeita de contaminação em Fernando de Noronha, André Longo destacou que as medidas iniciais de isolamento já foram adotadas, além de reforçar que a recomendação de fechamento do aeroporto local visa resguardar os moradores da ilha. “O aeroporto será fechado a partir do próximo dia 21 para os turistas, de forma que todos eles tenham condições de voltar em voos que serão disponibilizados pelas companhias aéreas onde adquiriram suas passagens”, informou.
O Governo de Pernambuco determinou ainda o fechamento de teatros, museus, centros de artesanato, cinemas, academias de ginásticas e similares, evitando ao máximo as aglomerações. Outra determinação é a de que passageiros e tripulantes de voos vindos do exterior cumpram, obrigatoriamente, isolamento domiciliar ao desembarcarem no Aeroporto Internacional do Recife. Como anunciado posteriormente, a suspensão das aulas em toda a rede estadual de educação, pública e privada, inicia a partir de amanhã (18), por tempo indeterminado.
REUNIÃO – Antes do anúncio das novas medidas, o governador Paulo Câmara reuniu prefeitos e representantes de 58 municípios do Agreste pernambucano. O encontro serviu para dialogar sobre o cenário atual na região e atualizar os gestores das novas iniciativas de combate ao Covid-19. Anteriormente, o chefe do Executivo já havia se reunido com prefeitos da Região Metropolitana e da Zona da Mata.